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A aprovação da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) e a posterior criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), representam importantes marcos no processo de evolução do Sistema Único de Saúde (SUS). Os NASF, atuais Nasf-AB, são compostos por equipes multiprofissionais, os quais têm como objetivo central dar apoio à Estratégia de Saúde da Família e ampliar o escopo de suas ações, sem ser caracterizados como porta de entrada para a Atenção Básica à Saúde (ABS). Dentre as ações que podem ser desenvolvidas pelos NASF, com o propósito de auxiliar nas demandas de saúde dos usuários de determinado território, estão os grupos de Práticas Corporais e Atividades Físicas (PCAF). Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi refletir sobre os grupos de PCAF na ABS. Por meio de revisão narrativa percebeu-se que, no cotidiano das práticas em saúde os grupos de PCAF têm se apresentado como importante contato inicial dos usuários, representando uma reorganização do SUS. Esse fato apresenta pontos positivos, como a ocupação dos espaços e equipamentos do território, a formação e o fortalecimento do vínculo dos usuários com a unidade de saúde e com as Equipes de Saúde da Família e o reconhecimento das PCAF como importantes ferramentas de cuidado em saúde. Porém, também foram observados alguns pontos negativos, como: a fragmentação do cuidado, o desalinhamento das atividades desenvolvidas com as necessidades reais do território e a responsabilização do setor saúde pela oferta de espaços de PCAF para lazer. Com base nessa reflexão, destaca-se a problemática da dificuldade da organização do serviço, relacionada à falta de aplicação das políticas e diretrizes do SUS. |
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