Análise de indicadores prognósticos em pacientes com insuficiência respiratória aguda na unidade de terapia intensiva do hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina

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Análise de indicadores prognósticos em pacientes com insuficiência respiratória aguda na unidade de terapia intensiva do hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina

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Título: Análise de indicadores prognósticos em pacientes com insuficiência respiratória aguda na unidade de terapia intensiva do hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina
Autor: Takashiba, Ken Sekine
Resumo: Introdução: vários modelos prognósticos estão disponíveis para a UTI, com o objetivo de prever a gravidade dos pacientes, porém antes da sua implantação é necessário avaliar seu desempenho, pois nem todo modelo prognóstico é adequado para todas as populações. No caso da insuficiência respiratória aguda são poucos os índices disponíveis para avaliar a função pulmonar e até hoje poucos cálculos realizados à beira leito combinam de maneira eficaz os dados de ventilação mecânica (VM). Objetivo: avaliar o desempenho de índices prognósticos gerais e específicos na insuficiência respiratória aguda em VM em uma UTI geral e sua relação com mortalidade; e propor uma nova maneira de cálculo à beira leito. Metodologia: estudo de coorte prospectivo, observacional, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa. Foram incluídos pacientes iguais ou maiores de 18 anos submetidos à VM por período igual ou maior a 24 horas, independente da etiologia. Foram avaliados os dias 1, 3 e 5 de VM e coletados dados clínicos, de gasometria arterial e de VM. SAPS3 e SOFA foram calculados na admissão. Os índices pulmonares específicos calculados foram PaO2/FiO2, índice de oxigenação (OI), índice de oxigenação ajustado para idade (AOI) e um novo índice denominado índice de oxigenação modificado (MOI). Os pacientes foram acompanhados até o óbito ou o 28º dia de internação. Resultados: entre 68 pacientes nenhum índice prognóstico obteve desempenho satisfatório. A média do SAPS3 foi 66,1 pontos e do SOFA 7,7 pontos, mas as áreas sob a curva analisadas foram respectivamente 0,556 e 0,559. Os índices prognósticos pulmonares também não foram acurados, nos dias 1, 3 e 5, sendo respectivamente: PaO2/FiO2 0,529, 0,620, 0,511; OI 0,493, 0,421, 0,491; AOI 0,454, 0,455, 0,448; e MOI 0,513, 0,563, 0,473. Parâmetros ventilatórios como volume corrente, PEEP, frequência respiratória, FiO2 e outros também não foram capazes de predizer mortalidade. Discussão: sendo a VM um dos tratamentos mais indicados em UTI, é fundamental antecipar o desfecho e estimar a gravidade do paciente, mas SAPS3, SOFA e nenhum índice pulmonar avaliado foram capazes de predizer mortalidade. Apesar de não indicar nenhum escore a ser utilizado na UTI do HU-UFSC, este trabalho alerta para a necessidade urgente de criação de um banco de dados permanente e constantemente atualizado e para a incorporação de dados de VM nas previsões dos índices prognósticos pulmonares.Abstract: Introduction: there is a lot of prognostic models available for ICU, to predict patient s severity illness, however, their accuracy needs to be verified before their use, because not every prognostic model is accurate for every population. In acute respiratory insufficiency, there are few indexes available to evaluate pulmonary status and until today few bedside scoring systems combine efficiency mechanical ventilation data. Objective: to assess the performance of general and specific prognostic indexes in patients with acute respiratory insufficiency using mechanical ventilation in a general ICU and their relationship with mortality; and to propose a new bedside equation to evaluate these patients. Methods: prospective, observational, descriptive and analytical cohort study with quantitative approach. We included patients aged 18 years or more, using mechanical ventilation for 24 hours or more, despite etiology. We evaluated days 1, 3 and 5 of mechanical ventilation and collected clinical data, arterial blood gas results and ventilation data. SAPS3 and SOFA score were calculated at admission. Pulmonary specific indexes calculated were PaO2/FiO2, oxygenation index (OI), adult age-adjusted oxygenation index (AOI) and a new score called modified oxygenation index (MOI). Patients were followed until death or day 28 of hospitalization. Results: in 68 patients, no illness severity score system was accurate. SAPS3 average was 66,1 (± 15,4 points) and SOFA average was 7,7 (± 3,6 points), but the area under curve were 0,556 and 0,559, respectively. Pulmonary specific systems also showed bad accuracy, in days 1, 3 and 5, respectively: PaO2/FiO2 0,529, 0,620, 0,511; OI 0,493, 0,421, 0,491; AOI 0,454, 0,455, 0,448; and MOI 0,513, 0,563, 0,473. Ventilator parameters like tidal volume, PEEP, respiratory rate, FiO2 and others also did not predict mortality. Discussion: as mechanical ventilation is one of the most frequently indicated treatments in ICU, it is fundamental to be able to predict and to stratify the severity of patient s illness, but SAPS3, SOFA score and other pulmonary scoring systems were not capable to predict mortality. No score could be chosen for HU-UFSC ICU, nevertheless this paper takes notice for the urgent development of a permanent benchmarking, constantly updated and to incorporate ventilator parameters in pulmonary scoring system s prediction.
Descrição: Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Cuidados Intensivos e Paliativos, Florianópolis, 2017
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185489
Data: 2017


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