Abstract:
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O objetivo desta investigação é demostrar o pano de fundo da interferência do imperialismo estadunidense, de suas empresas multinacionais, na deposição do Presidente Getúlio Vargas, em 1954, e do Presidente João Goulart, em 1964. A problemática central traduz o golpe civil-militar e a influência imperialista estadunidense, e dos países centrais, nas intensas interferências de ordem econômica e política que golpearam do poder Getúlio Vargas e João Goulart. Estes acontecimentos, vistos pela concepção do capital monopolista internacional e associado, demonstraram o quanto os interesses específicos de empresas multinacionais se colocam na consolidação do desenvolvimento dependente brasileiro. A perspectiva histórico-estrutural demonstrou que a história do subdesenvolvimento do Brasil é produto das relações político-econômicas com capital monopolista internacional e associado. Nesta perspectiva, se busca evidenciar as tentativas dos pactos de classe diante dos conflitos e acontecimentos conjunturais, insuficientes e não necessariamente antagônicos, entre a burguesia, as oligarquias latifundiárias brasileiras, e a burguesia internacional. Conclui-se que nestas relações de classes há uma unidade pura que invariavelmente reagiu com golpes de Estado para impedir qualquer ascensão das classes subalternas, reprimindo movimentos políticos e sociais de resistência ao agravamento do subdesenvolvimento, limitando a autodeterminação dos povos. Neste sentido, qualquer estratégia que envolva unidade das classes populares com as classes burguesas é ilusória, pois a luta contra esse sistema só é possível através da noção da luta de classes. |