CONTRIBUIÇÃO DA ERGONOMIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO CULTIVO DE MEXILHÃO

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CONTRIBUIÇÃO DA ERGONOMIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO CULTIVO DE MEXILHÃO

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Título: CONTRIBUIÇÃO DA ERGONOMIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO CULTIVO DE MEXILHÃO
Autor: Torres, Maricel Karina López
Resumo: A maricultura e outras atividades ligadas ao mar atualmente encontram-se em franco crescimento, apresentando-se como alternativa promissora de renda e de alimento, mas também cercada de desafios e incertezas para o produtor. Em Santa Catarina, especificamente no sul da Ilha de Santa Catarina (Ribeirão da Ilha), destaca-se a produção do mexilhão perna perna, majoritariamente por grupos produtivos de pequeno porte, organizados na forma de associações. O cultivo se caracteriza pelo trabalho familiar, com baixa intensidade e tecnologia incorporada ao processo e com o aproveitamento das condições naturais para a produção do mexilhão, indicador da maricultura extensiva.O cultivo do mexilhão perna perna surge como alternativa para o desenvolvimento sustentável desses grupos produtivos, cujos desafios principais consistem em abranger as boas práticas de produção, o desenvolvimento de recursos humanos (com a participação dos trabalhadores), condições de trabalho motivadoras e organização do trabalho geradora de benefícios mútuos. Esses aspectos foram discutidos na 96ª Conferência Internacional do Trabalho na OIT – Organização Internacional do Trabalho. Propõe-se aqui uma discussão acerca da contribuição da ergonomia para o reconhecimento das fragilidades e oportunidades produtivas tanto nos seus aspectos físicos quanto organizacionais, a fim de propor ações para a melhoria das condições e das práticas de trabalho. Para tanto foi realizado um estudo de caso exploratório, somado a uma pesquisa bibliográfica, das atividades ligadas ao cultivo de mexilhão perna perna, junto a grupos produtivos de pequeno porte associados à AMPROSUL – Associação de Maricultores e Pescadores Profissionais do Sul da Ilha. O cultivo do mexilhão compreende diversas etapas, que se iniciam com a colocação de coletores e pencas no mar e posterior beneficiamento para a comercialização do mexilhão in natura ou da carne (desconchada), levando ao uso constante corpo humano mediante esforços diversos que variam conforme a etapa de trabalho a ser realizada. As características dos ambientes de trabalho como condição térmica, iluminação, umidade relativa do ar e existência de umidade nas instalações geram riscos relativos à saúde ocupacional e aparecem como condicionantes durante a realização das atividades, assim como a necessária preocupação com a higiene para evitar a contaminação dos alimentos. Somado a isso, esses produtores enfrentam problemas relativos à comercialização, maré vermelha, acondicionamento e transporte. Diante disso, a ergonomia no âmbito da engenharia de produção pode contribuir para propor ações referentes à organização do trabalho, visando tanto o estudo do homem no trabalho quanto a otimização dos sistemas sócio-técnicos que abrange postos de trabalho, fluxos produtivos e de materiais, layout do ambiente, treinamento e outros, que pode levar tanto rumo à prevenção de acidentes, quanto para a promoção da qualidade de vida no trabalho. Essas contribuições podem ser alcançadas pela aproximação de pesquisadores e universidade, suprindo a carência de conhecimentos quanto à gestão estratégica do desenvolvimento sustentável na produção de moluscos, evoluindo para ações integradas que envolvam as dimensões: social, econômica e meio-ambiente.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/1829
Data: 2012-04-25


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