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Nesta pesquisa busquei relacionar o ensino formal, as ciências, as relações de poder, os territórios e a biodiversidade. Trazendo a visão de que as relações desiguais de hoje, estão intimamente relacionada à experiência colonial, e as percepções dos territórios e biodiversidade, trazem essa experiência através da colonialidade do saber. Utilizo a literatura decolonial. Me atento ao conceito de “Biomas”, criado por autores estadunidenses e europeus que identifica territórios com critérios que não consideram as relações sócias- históricas de culturas humanas. Analisei para isso, livros didáticos fornecidos gratuitamente para as estudantes de escolas municipais de Florianópolis e busquei através deles entender as possíveis reproduções de colonialidade do saber no conceito bioma. Primeiramente, identifiquei as três coleções mais distribuídas nas escolas municipais de Florianópolis e elaborei critérios de analise para interpretar as obras. Percebi nelas a heterogeneidade na definição do conceito “biomas” e heterogeneidade na identificação dos territórios entre as obras. Percebi, também, formas de homogeneizar, culpabilizar, silenciar, desaculturar e neutralizar as pessoas nos territórios, além do reducionismos ambiental, do neoliberalismo, do conservacionismo e de reproduções racistas nas coleções, o que entendo permitir uma colonialidade do poder posta através da colonialidade do saber. A pesquisa indica a necessidade de uma educação com conteúdos que criem valores que possibilitem a liberdade coletiva, apontando ser vital decolonizar e anti-capitalizar a interpretação dos territórios e biodiversidade e a percepção do que é ciência e seu ensino, para assim, construir uma educação intercultural crítica e emancipadora. |
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