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Resumo O desenvolvimento do capitalismo foi acompanhado pela construção do campo ideológico necessário de justificativa da exploração social. Em tempos recentes proliferaram, por exemplo, novas conceituações, tais como capital humano e empregabilidade. A elas somouse, nos anos 2000, a de trabalho decente, produzido e difundido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e incorporado por diversos governos, inclusive o brasileiro, como referencial para a construção de políticas públicas, com particular enfoque na juventude. O artigo discute, de forma sintética, o quadro no qual se insere a expressão trabalho decente, as razões pelas quais a juventude apresenta-se como um de seus focos emergenciais bem como o caráter ideológico de que se reveste esta pretendida conceituação. A hipótese é de que, distante de tratar-se de uma conceituação de caráter científico, a expressão, na realidade, sofistica o processo de mistificação do real caráter da sociabilidade capitalista e da relação trabalho assalariado e capital que a sustenta. |
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