dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Capela, Carlos Eduardo Schmidt |
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dc.contributor.author |
Volker, Camila Bylaardt |
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dc.date.accessioned |
2017-10-31T03:19:24Z |
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dc.date.available |
2017-10-31T03:19:24Z |
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dc.date.issued |
2017 |
pt_BR |
dc.identifier.other |
348946 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/180558 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2017. |
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dc.description.abstract |
Esta Tese de Doutorado versa sobre a relação entre a viagem e as imagens narrativas da Amazônia presentes nas obras de dois escritores do início do século XX: Euclides da Cunha (1866 - 1909) e Constant Tastevin (1880 - ?1963). Euclides vai para o Acre em 1905, como chefe da Comissão Brasileira de Reconhecimento do Alto Purus; ele deveria subir até as mais distantes cabeceiras do rio Purus e verificar até onde residiam os brasileiros, de modo a fundamentar o uti possidetis, direito reclamado pelos brasileiros para legitimar o pertencimento daquelas terras ao Brasil e não ao Peru ou à Bolívia. Tastevin permanece na prelazia de Tefé entre os anos de 1905 e 1926, fazendo sucessivas viagens para catequizar índios e seringueiros, documentando a ocupação populacional e a rede hidrográfica do alto e médio Juruá. A argumentação da tese se estabelece através da declinação discursiva de algumas palavras ? paisagem, pago, pagão, paisano e país ? que articulam problemas chave na produção amazonista dos dois autores, tais como contexto histórico, missão, fundamentos científicos e religiosos, nacionalização: essas palavras tangenciam a consistência e o contexto da experiência desses dois autores.Nosso ponto de partida foi a dificuldade de mapeamento (ou resistência da floresta em se deixar capturar pela paisagem imaginada pelos autores ? imaginada no sentido de que eles não se cansam de tentar construí-la sem sucesso) e compreensão da Amazônia como uma paisagem. A floresta parecia estar sempre iludindo uma perspectiva, atrasando um mistério, e se configura na obra dos autores como uma superfície ? apesar de estar diante dos olhos, não se pode vê-la. A imensa massa verde da floresta não permite o perder de vista inerente à paisagem, provocando uma ilusão de profundidade que não se completa.Depois de analisar os problemas de perspectiva da superfície amazônica, aumentamos a nossa escala de análise, e nos detivemos em textos que versam sobre os habitantes da floresta ? os paisanos e os pagãos. A relação dos viajantes com os seringueiros, os caucheiros e os diversos grupos indígenas foi abordada de maneira a entender como a perspectiva da paisagem interfere na análise dos pagos e seus paisanos. Por fim, dilatamos nossa análise, tentando apreender como os autores fizeram a sobreposição da paisagem ao país, como uma maneira de estabelecer uma imagem final para um espaço que, apesar de não poder ser delimitado, se deixa delimitar (ou ilude uma delimitação), o que, enfim, não deixa de ser um anacoluto.<br> |
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dc.description.abstract |
Abstract : This Doctoral Thesis examines the relationship between the travel and images of accounts of the Amazonia present in the works of two writers from the beginning of the 20th century: Euclides da Cunha (1866 - 1909) and Constant Tastevin (1880 - ?1963). Euclides goes to Acre in 1905, as chief of the Brazilian Committee for Reconnaissance of the upper Purus river; he was supposed to go to the most distant headwaters of Purus river to check where Brazilian persons lived, so as to justify the uti possidetis, a right claimed by Brazilians to legitimate those lands as belonging to Brazil, rather than Peru or Bolivia. Tastevin stays in Tefé prelature between 1905 and 1926, making successive travels to catechize Indians and seringueiros (rubber tappers) and documenting the human occupation and the water network of the upper and middle Juruá river. The thesis argument is established through the speech declension of some words that articulate key problems in the Amazonic production of both authors (such as historical context, mission, scientific and religious fundaments, nationalization?) ? paisagem (landscape), pago (country), pagão (pagan), paisano (peasant) and país (nation): these words touch the consistency and experience of these two authors. The difficulty to map (or the forest resistance to let itself be captured by the landscape imagined by the authors ? imagined in the sense that they relentless seek to build it, though without success) and understand Amazonia as a landscape was the starting point. The forest seemed to be always eluding a perspective, delaying a mystery, and in the authors? works, it becomes a surface ? though being before our eyes, no one can see it. The huge green mass of the forest hinders the sight of vastness inherent to a landscape, creating an illusion of depth that does not close out. After analyzing the perspective problems of the Amazonic surface, we raised our analysis scale, and researched books about the forest inhabitants ? paisanos (peasants) and pagãos (pagans). The travelers? relationship with ?seringueiros? (rubber tappers), ?caucheiros?, and the several indigenous groups was approached so as to understand how the landscape perspective interferes with the analysis of pagos and paisanos. Finally, the analysis was once again expanded, in an attempt to apprehend the superposition of paisagem (landscape) to país (nation) made by the authors, as a way to establish a final image to a space that, though it can?t be circumscribed, eludes a delimitation, which is, ultimately, an anacoluthon. |
en |
dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Literatura |
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dc.subject.classification |
Viagem na literatura |
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dc.title |
Uma superfície líquida, barrenta e lisa: a paisagem amazônica em Euclides da Cunha e Constant Tastevin |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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