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Foi como forma de resistência à Ditadura, instaurada no Brasil em 1964 e que durou até 1985, que homens e mulheres militantes integrantes de organizações políticas que faziam oposição ao regime passaram a viver de maneira clandestina. Seus objetivos: resistir e lutar contra aqueles que estavam no poder, mesmo que isso custasse suas próprias vidas; lutar contra o capitalismo e o imperialismo norte-americano e a favor do socialismo; permanecerem vivos e conseguir vivenciar as sonhadas mudanças políticas e ideológicas, romanticamente desejadas. Devido então a este momento de repressão vivido pelo país, a prática da clandestinidade se tornou comum entre as organizações e seus quadros de militantes. Com o fim da Ditadura Civil-Militar, vieram à tona muitas memórias em suas mais variadas formas como, biografias, autobiografias, livros de memórias, depoimentos, entrevistas e etc. A partir disto busco fazer uma análise, com um olhar de gênero, sobre as experiências de vida clandestina e perceber de que maneira, através das memórias escritas e orais as relações de gênero permearam as vidas destas mulheres enquanto militantes clandestinas; e se os avanços proporcionados pela Segunda Onda do movimento feminista foram “perdidos” de alguma maneira durante este período. |
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