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O pleno acesso às ações e serviços de saúde para a população no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda é um desafio. Com a finalidade de garantir justiça social e igualdade de direitos, evoca-se o princípio da equidade, que visa priorizar a atenção à saúde às pessoas que mais necessitam dela. Para que isso aconteça é necessário conhecer o território e as condições de vida da população. O objetivo deste estudo foi planejar as ações de uma Equipe de Saúde Bucal da Estratégia Saúde da Família (ESF), por meio da classificação de risco das famílias de crianças de 0 a 12 anos da área adstrita, tendo como pressuposto a equidade em saúde. O estudo é do tipo quantitativo e ocorreu em uma das quatro áreas adstritas de um Centro de Saúde (CS) pertencente ao município de Florianópolis (SC). O Índice de Necessidade de Atenção à Saúde Bucal (INASB) foi o instrumento que norteou a pesquisa, pois permitiu estimar informação epidemiológica, especificamente sobre a doença cárie, por meio da coleta de informações sociais das famílias das crianças do território. Os dados secundários obtidos na ficha-A do SIAB, como escolaridade da mãe e condições de moradia, foram registrados com apoio do software Excel®, para posterior classificação das famílias em Baixo, Médio e Alto risco, de acordo com as condições de vulnerabilidade social apresentadas. Fluxogramas diferenciados de atenção para as famílias foram elaborados, a fim de servir como base para a organização da demanda à assistência odontológica e programação das ações e serviços prestados pela equipe de saúde bucal. O estudo demonstrou ser possível oferecer no prazo de um ano, no mínimo, uma consulta odontológica para todos os membros das famílias de alto risco e vagas para retorno, nos casos que apresentarem necessidade. É importante incentivar as Equipes de Saúde Bucal na utilização do Índice de Necessidade de Atenção à Saúde Bucal como instrumento para o planejamento de suas ações. |
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