A influência da cultura organizacional na ocorrência do assédio moral no trabalho na Universidade Federal de Santa Catarina

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A influência da cultura organizacional na ocorrência do assédio moral no trabalho na Universidade Federal de Santa Catarina

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.contributor.advisor Tolfo, Suzana da Rosa pt_BR
dc.contributor.author Nunes, Thiago Soares pt_BR
dc.date.accessioned 2016-10-04T04:04:26Z
dc.date.available 2016-10-04T04:04:26Z
dc.date.issued 2016 pt_BR
dc.identifier.other 342193 pt_BR
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/168911
dc.description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2016. pt_BR
dc.description.abstract Um dos ambientes mais afetados pelo assédio moral é o setor da educação, especialmente em decorrência de disputas de poder, usualmente como elemento constituinte da cultura. Embora a cultura influencie e/ou sustente práticas de assédio moral, a literatura e as pesquisas não apresentam como e quais elementos culturais propiciam a ocorrência da violência. Constata-se uma lacuna na literatura e, portanto, esta pesquisa teve como objetivo compreender as relações entre a cultura organizacional e o assédio moral no trabalho na Universidade Federal de Santa Catarina. Em relação ao método, a pesquisa teve uma abordagem qualitativa e quantitativa, caracterizando-se ainda como descritiva, aplicada e estudo de caso. O lócus foi a Universidade Federal de Santa Catarina, e os participantes foram os servidores docentes e técnico-administrativos. Para a coleta de dados foi disponibilizado um questionário online, respondido por 214 participantes, e posteriormente, foram realizadas 12 entrevistas. Em relação à análise dos dados, as informações obtidas por meio do questionário online foram analisadas seguindo uma abordagem de análise quantitativa e as entrevistas por meio da análise de conteúdo. Na dimensão cultura e práticas organizacionais, a partir das categorias, subcategorias e unidades de análises estabelecidos, enfatiza-se alguns aspectos reiteradamente identificados: ambiguidade ou pouca clareza quanto aos procedimentos para o trabalho, disparidade entre os valores declarados e praticados, modelo de gestão predominantemente político, relações políticas, corporativismo, diferenciação entre categorias, clientelismo, paternalismo, a impunidade, práticas de favorecimento, práticas e comportamentos orientados por interesse pessoal ou grupal, desbalanço de poder. Na dimensão sobre o assédio moral, foi identificado que os pesquisados compreendem a violência por meio das ações hostis que são perpetradas. As situações hostis mais frequentes estão relacionadas com a realização do próprio trabalho, como ser exposto a uma carga excessiva de trabalho; realizar atividades baixo do nível de competência; e ter opinião e ponto de vista ignorados. Segundo os pesquisados, os motivos de serem assediados foram o pertencimento ou não aos grupos dominantes, a categoria a qual pertence, e o tempo de instituição. Entre as características dos agressores, a maioria ocupam posição de chefia, são homens, e são 2 ou mais agressores. As consequências na saúde psíquica das vítimas foram as mais frequentes, seguidas pelos efeitos no trabalho. Evidenciou-se que maior parte dos assediados não denunciaram a violência, devido principalmente a desconfiança com o sistema interno, medo de que pode sofrer represálias, e porque ?não vai adiantar?. No aspecto institucional, foi evidenciado que a instituição não se posiciona claramente em relação ao assédio por meio de suas políticas e ações. Na dimensão sobre os elementos vinculantes entre a cultura organizacional e o assédio moral no trabalho, 49,5% afirmaram que a cultura da UFSC influencia nas práticas de assédio moral. A partir das dimensões anteriores, foram identificados estes elementos, que favorecem e/ou sustentam as práticas culturais de assédio moral na UFSC: a impunidade ou falta de punição para assediadores; as diferenças entre categoria (docentes e técnicos), entre novos e antigos, entre efetivos e substitutos; a política e grupos dominantes de poder; a falta de preparo para os trabalhadores exercerem suas atividades e dos servidores para ocuparem cargos de chefia; as ambiguidades no que se refere as incertezas do trabalhador em relação a sua atividade e expectativas laborais; e o distanciamento entre o discurso e a prática, principalmente dos gestores, os quais deveriam inibir todas estas situações recorrentes na instituição. Por fim, enfatiza-se que as cultura e práticas organizacionais da UFSC é reprodutora, na maioria das vezes, da cultura mais ampla, ou seja, ela possui elementos muito presentes da cultura do serviço público e da cultura brasileira.<br> pt_BR
dc.description.abstract Abstract : One of the most affected environment by workplace bullying is the education sector, which is mainly caused by disputes of power, usually as an element of culture. Although culture seems to influence and/or sustain bullying practices, literature does not show how and what cultural elements may enable such violence. There has been a gap in the literature and, therefore, this study aimed to understand the relationship between organizational culture and the workplace bullying at the Federal University of Santa Catarina (UFSC). Regarding the method, the research, which could also be characterized as descriptive, applied and case study, used a qualitative and quantitative approach, which is also characterized as descriptive, applied and case study. The locus was the Federal University of Santa Catarina, having as participants both teachers and technical and administrative employees. The data collection was done by an online survey, answered by 214 participants, and subsequently 12 interviews were conducted. Then, the information obtained through the survey was analyzed through a quantitative approach, and the interviews were analyzed using content analysis. In the culture and organizational practices dimension, from the categories, subcategories and established units of analysis, the present study emphasizes some aspects which can be identified: ambiguity or lack of clarity about the procedures to work; disparity between the declared and practiced values; predominantly political management model; political relations; corporatism; differentiation between categories; patronage; paternalism; impunity; favoritism practices; behaviors and practices guided by personal or group interest; power imbalance. As for workplace bullying, it has been identified that respondents understand the violence through hostile actions that are perpetrated. The most frequent hostile situations are related to the work itself, such as being exposed to an excessive workload; perform activities below the competence level; and have their opinion and point of view ignored. According to the victims, the reasons for being bullied were: not belonging to the dominant groups, the category to which they belong, and the time of institution. Among the characteristics of perpetrators, most of them were, male, supervisors, and usually acting in pairs or more. In addition, the most frequent bullying consequences were mental illness and negative work impact. Furthermore, it was possible to perceive that most of the victims did not report the violence, mainly due to mistrust of the internal affairs system, fearing that they could suffer retaliation, and because ?it wouldn?t help?. In the institutional aspect, it was possible to notice that the institution does not have a clear position related to bullying through its policies and actions. Regarding the binding elements of the organizational culture and workplace bullying, 49,5% said that the culture of UFSC influences in the bullying practices. Based on the previous dimensions, elements that promote and/or sustain cultural practices of bullying at UFSC were identified, such as: impunity or lack of punishment for the aggressors; the differences between working categories (teachers and technicians); differences between new and old employees; differences between effective and substitutes employees; political and dominant power groups; the lack of training for workers to exercise their activities and to occupy management positions; workers uncertainties about their activity; and the distance between the discourse and practices, especially regarding the managers, who should inhibit all recurrent situations in the institution. Finally, it is emphasized that the culture and organizational practices in UFSC are mainly reproductive of a wider culture, that is, the public service culture and Brazilian culture. en
dc.format.extent 432 p.| il., grafs., tabs. pt_BR
dc.language.iso por pt_BR
dc.subject.classification Administração pt_BR
dc.subject.classification Assédio pt_BR
dc.subject.classification Santa Catarina pt_BR
dc.subject.classification Cultura organizacional pt_BR
dc.subject.classification Santa Catarina pt_BR
dc.title A influência da cultura organizacional na ocorrência do assédio moral no trabalho na Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.type Tese (Doutorado) pt_BR
dc.contributor.advisor-co Cantera, Leonor M. pt_BR


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