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Ao desenvolver uma oficina voltada a projetos de extensão, muitas vezes assuntos relevantes não são efetivamente discutidos por falta de participantes. Na maioria das vezes, isso ocorre porque a oficina se mostra pouco atrativa ao público, que não consegue ter a percepção da importância e aplicabilidade social daquela discussão. Como exemplo, tem sido verificada grande dificuldade para atrair a atenção à discussão de temas como a Lei Maria da Penha, a saúde do homem, sexo e sexualidade para jovens, entre outros. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar algumas alternativas para tornar as oficinas mais atrativas ao público alvo, garantindo a satisfação tanto da população quanto dos rondonistas responsáveis pelas ações. Esta análise foi realizada á partir de observações de ações de extensão nas cidades de Jurema/PE e Pirpirituba/PB durante as operações Guararapes e Porta do Sol, do Projeto Rondon. Primeiramente, deve-se levar em consideração o título a ser utilizado na divulgação da ação. Este título deve ser instigante e curioso, em que o participante se sentirá desafiado a participar e descobrir o que será discutido na oficina. Por exemplo, ao invés de divulgar uma oficina com o tema “Lei Maria da Penha”, ficaria mais interessante apresentar uma proposta como “Encontro com mulheres: você foi feita para brilhar!”. Este novo tema desperta a atenção das mulheres sobre o que poderia ser discutido em um encontro em que apenas mulheres estariam participando. Junto a isso, pode também ser divulgado e abordado na ação outros temas relevantes para atrair ainda mais a atenção do público, por exemplo, uma oficina de maquiagem ou alguns conceitos básicos de culinária. Neste primeiro momento, com a discussão destes temas mais leves, o público se torna mais intimo dos rondonistas, garantindo posteriormente, uma discussão mais franca e plena sobre a Lei Maria da Penha, aumentando as chances de sucesso da ação. Para outros públicos, pode-se utilizar da mesma estratégia; como exemplo, pode-se propor com homens, um bate papo sobre futebol, e, em um segundo momento, discutir sobre a saúde do homem. Para jovens, temas como fotografias e aplicativos para celulares são muito interessantes. Com o público da zona rural, pode-se trabalhar com técnicas de cultivo e transformação de produtos e depois atrelar assuntos relacionados ao uso de agroquímicos. Dessa maneira, com a inclusão dessas estratégias, as oficinas serão mais efetivas, tanto para a população assistida quanto para o rondonista que estará coordenando a ação. |
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