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Este estudo trata do aumento dos gastos em defesa na América do Sul, nos últimos anos, sob a perspectiva proposta do dilema de segurança às avessas. Para tanto, o primeiro capítulo traz um levantamento bibliográfico feito a partir das duas grandes vertentes das teorias de Relações Internacionais, realismo e liberalismo, de variáveis sistêmicas e no nível das unidades que guardam relação com o dilema de segurança tradicional e o condicionam: anarquia e polaridade; instituições internacionais; interdependência; equilíbrio e diferenciação entre armamentos ofensivos e defensivos; intenções dos Estados (gananciosos ou buscadores de segurança); restrições unilaterais; percepções em relação ao outro; informações sobre o outro; e regimes de governo. Ao explicar o dilema de segurança, estas variáveis são importantes para mostrar que, devido às particularidades da região sul-americana, abordadas no segundo capítulo deste trabalho, o dilema de segurança tradicional não oferece respostas suficientes para explicar o aumento bastante expressivo nos gastos militares do subcontinente, tendo em vista a inexistência de grandes disputas entre os Estados e a prevalência de bons relacionamentos. Analisada de forma mais detalhada no último capítulo, a hipótese de que haveria na região um dilema de segurança às avessas, em que as ameaças não seriam mais os Estados fortes e bem armados, mas os fracos e incapazes de conter as ameças e vulnerabilidades internas, parece ficar confirmada ao fim deste estudo. |
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