Abstract:
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O mercado avícola vem crescendo com o passar dos anos e desde 2004 o Brasil permanece na posição de maior exportador mundial de carne de frango. Em 2012 o seu consumo per capita anual foi de 45 kg/habitante, contribuindo assim com o PIB nacional e movimentando a economia do Estado de Santa Catarina, que é um dos estados de maior produção. Com esse aumento demasiado da produção devido à grande demanda do mercado, foi necessária uma maior contratação de mão de obra, muitas vezes desqualificada, causando grandes perdas para a indústria. Este trabalho avalia as perdas econômicas decorrentes do manejo pré-abate de aves de descarte; identifica o número de condenações parciais e totais durante o período de 1 ano além de correlacionar distância, estações do ano e peso médio das aves com a porcentagem de carne condenada. O trabalho foi desenvolvido em um abatedouro de aves de descarte localizado no sul de Santa Catarina e fiscalizado pelo SIE (Serviço de Inspeção Estadual). As amostras coletadas foram separadas de acordo com a localização das injúrias (coxa+pé, asa e peito). Juntamente com a coleta do período de 23 de janeiro a 23 de fevereiro foram coletados os dados de condenação total e parcial do ano de 2013. Estes dados foram fornecidos pela empresa, juntamente com o preço pago por quilo de animal vivo e o preço de revenda dos produtos. As perdas econômicas durante o ano de 2013 representaram R$ 37.912,47. Das perdas verificadas no período somente a quantidade de peito descartada teve correlação com a distância percorrida entre o aviário e o abatedouro. As estações do ano não tiveram correlação com a porcentagem de carne descartada, e as aves mais leves apresentaram o maior número de injúrias. Levando em consideração os presentes números, um método que diminuiria a frequência destas lesões, seria a realização de treinamentos para as equipes de apanha e pendura, implantando medidas corretivas de manejo e bem estar animal. |