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O objetivo desta monografia é compreender a alteração do padrão interno de desigualdade da renda no Brasil a partir de uma perspectiva histórico-mundial. Deste ponto de vista, a desigualdade da renda é considerada como aspecto relacional cuja origem é sistêmica. Em outras palavras, que a desigualdade da renda é resultado de uma única divisão mundial do trabalho. O argumento central que se desenvolve sugere a necessidade de revisitarmos o Estado desenvolvimentista como instrumento para transformações sociais que visem uma distribuição mais eqüitativa da renda. Embora as práticas desenvolvimentistas possam a priori ser úteis na perseguição de uma sociedade mais justa, historicamente o Estado desenvolvimentista no Brasil reforçou as tendências às diferenciações de renda e de classes que provocam a desigualdade necessária à expansão da economia-mundo capitalista. Assim, proponho o argumento segundo o qual o Estado desenvolvimentista brasileiro ao buscar sobreviver e fortalecer-se dentro do sistema interestatal após a crise da economia cafeeira, internalizou as pressões competitivas mundiais dentro de sua jurisdição. Ao fazer isto reproduziu internamente a constante tendência mundial a desigualdade. Por ser incapaz de externalizar os custos sociais do processo de modernização capitalista, o Estado brasileiro, um transferiu tais custos à sua própria população afetando o equilíbrio interno de desigualdade. |
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