Abstract:
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As finanças tradicionais pressupõem que os indivíduos tomam suas decisões de acordo com os axiomas da Teoria da Utilidade esperada, porém a partir dos estudos de Kahneman e Tversky (1979) verificou-se que os indivíduos tendem a violar os pressupostos básicos da Teoria da Utilidade Esperada. Com isto, Kahneman e Tversky (1979) propuseram um modelo alternativo sobre o comportamento dos agentes com relação a tomada de decisão: a Teoria do Prospecto. Segundo essa teoria, os agentes investidores tendem apresentam aversão ao risco nas escolhas que envolvem ganhos e propensão ao risco nas escolhas que envolvem perdas. Um dos fenômenos decorrente dessa aversão ao risco no campo dos ganhos, combinado com a propensão ao risco no campo das perdas, é a ilusão cognitiva denominada de Efeito Disposição. Sob o efeito dessa ilusão cognitiva, os investidores apresentam a tendência de vender rapidamente as ações quando o preço delas tem uma variação positiva em relação ao preço de compra e de manter por um período mais longo as ações que apresentam uma variação negativa em relação ao preço de compra. O presente trabalho através de dados disponíveis em simulações de investimentos realizados na Universidade Federal de Santa Catarina analisou as mudanças no Efeito Disposição quando frente a outra ilusão cognitiva o Efeito House Money, que foi definido por Thaler e Johnson (1990) como a tendência de propensão ao risco por parte dos agentes investidores após realizarem um ganho em um período anterior. Após análise de dados oriundos da simulação de investimentos se verificou uma maior propensão por parte dos agentes ao risco após realizarem um ganho em período anterior, demonstrando que o Efeito Disposição, quando frente ao Efeito House Money, é reduzido. |