O papel da maresina 1, um mediador lipídico derivado do ácido graxo poliinsaturado omega-3, na colite experimental em camundongos

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O papel da maresina 1, um mediador lipídico derivado do ácido graxo poliinsaturado omega-3, na colite experimental em camundongos

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Título: O papel da maresina 1, um mediador lipídico derivado do ácido graxo poliinsaturado omega-3, na colite experimental em camundongos
Autor: Marcon, Rodrigo
Resumo: Os óleos de peixe, bem como alguns vegetais apresentam quantidades significantes de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3, sendo que os principais encontrados em derivados marinhos são: o ácido graxo eicosapentaenóico (EPA) e o ácido graxo docosahexaenóico (DHA). Estudos prévios têm demonstrado que uma dieta rica em óleo de peixe pode exercer efeitos benéficos sobre inúmeras doenças com características inflamatórias, dentre as quais se destacam as doenças inflamatórias intestinais (IBD). Um novo mediador lipídico derivado do DHA, denominado maresina 1 (MaR1) têm apresentado potente atividade analgésica, antiinflamatória e pró-resolutiva em distintos modelos experimentais de inflamação, sendo assim, foi hipotetizado que o processo de resolução desencadeado pela MaR1 também poderia prevenir ou atenuar a inflamação intestinal em camundongos. Dessa forma, o presente estudo buscou avaliar o papel da MaR1, no modelo de colite aguda induzida pelo sulfato sódico de dextrana (DSS) (com um ou dois ciclos de DSS), e no modelo de colite aguda induzido pelo ácido trinitrobenzenosulfônico (TNBS) em camundongos. Os resultados observados demonstraram que o tratamento sistêmico com a MaR1 reduziu o escore clínico experimental e o dano tecidual colônico nos modelos de colite induzida pelo DSS (tanto no primeiro quanto no segundo ciclo), bem como na colite aguda induzida pelo TNBS. O efeito benéfico da MaR1 parece estar associado com sua habilidade em reduzir a liberaçaõ das citocinas: interleucina (IL)-1?, factor de necrose tumoral (TNF)-?, IL-6 e interferon (IFN)-? no modelo agudo com um único ciclo com DSS, e IL-1? e IL-6, mas não TNF-? e IFN-? no modelo agudo com dois ciclos com DSS, além da inibição da expressão da molécula de adesão ICAM-1, e de proteínas relacionadas ao inflamassoma, como o NALP3 e a pró-caspase-1, e pela ação sobre a ativação do fator nuclear ?B (NF-?B). Adicionalmente, através de experimentos in vitro, evidenciou-se que a MaR1 reduziu a liberação de IL-1?, TNF-?, IL-6 e IFN-? provenientes de macrófagos, e parece induzir a polarização de macrófagos para o fenótipo antiinflamatório M2. Em conclusão, o conjunto dos resultados contribui para estender os conhecimentos acerca dos mecanismos de ação antiinflamatório e pró-resolutivos da MaR1 e sugere uma nova abordagem terapêutica para o tratamento das IBD.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2013
URI: http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/103490
Data: 2013


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