Abstract:
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Com o surgimento da Renovação Carismática Católica (RCC) algumas pessoas passaram a (re)interpretar sua participação no catolicismo. Nesse panorama, não se buscou entender o papel de importância do movimento da RCC no catolicismo, ainda que isso seja outra motivação desta pesquisa, mas analisar o movimento a partir do ponto de vista dos sujeitos que dela participam. Essa pesquisa, a partir da perspectiva antropológica, propôs fazer um estudo etnográfico, interpretando assim, o que os interlocutores ao conhecerem o movimento passaram construir no seu cotidiano, como se tornavam adeptos do movimento e como construíam o seu estilo de ser ―carismático‖. ―A RCC mudou minha vida‖ ―Na RCC eu consegui encontrar coisas mais claras sobre minha fé católica.‖ ―Com a RCC eu tenho sido mais feliz por ser católico.‖ Muitas dessas frases ditas pelos interlocutores possibilitaram observar que a RCC passa a ser avalista das experiências das pessoas. O ―ser carismático‖ dos interlocutores pesquisados, pertencentes a uma paróquia da grande Florianópolis, levou em contas não só o que passaram a aderir das práticas da RCC, mas o modo que eles mudaram, de alguma forma, sua vida, no âmbito pessoal e social. As práticas passaram a ser interpretadas e executadas pelos membros do movimento conforme sua própria vontade e nem sempre a partir daquilo que exatamente recomendava totalmente a RCC em suas diretrizes. Ao passo que esses adeptos foram assimilando as práticas, também quiseram fazer o movimento ser conhecido por outras pessoas e tivesse um espaço em sua paróquia para execução de suas atividades e consolidação de suas práticas, num contexto onde a RCC não conseguia se instalar enquanto movimento instituído. |