VI COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO UNIVERSITÁRIA NA AMÉRICA DO SUL, Blumenau, SC, 15 a 17 de novembro de 2006. Gestão do Conhecimento e Pesquisa numa Universidade Comunitária: o caso da Unijuí Cristina Strohschoen Márcia Bins RESUMO A gestão do conhecimento torna-se possível por meio de processos de aprendizagem organizacional no contexto de uma instituição de ensino, que pode ser considerada uma Organização Intensiva em Conhecimento (OIC). Por esta razão, o objetivo deste trabalho foi apresentar uma análise da gestão do conhecimento em uma OIC, no período de 1981 a 2005, documentando a contribuição desta universidade comunitária no meio científico. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental e bibliográfica, com ênfase na produção intelectual preservada no Arquivo Histórico da Unijuí, configurando-se num estudo exploratório numa abordagem quantitativa. Foram analisadas as publicações dos seminários de iniciação científica e das jornadas de pesquisa e extensão, bem como os projetos elaborados e protocolados no setor de projetos da instituição. Os referidos eventos estimulam a socialização dos resultados das pesquisas e atividades de iniciação científica e de extensão através das comunicações orais. Como resultado obteve-se um levantamento completo de projetos elaborados na universidade desde o ano de 1981 (ano de início dos registros sistemáticos de controle), bem como um levantamento de todas as publicações dos eventos científicos anuais desta instituição. Conclui-se que a Unijuí desenvolve os três momentos da gestão do conhecimento: a construção, a disseminação e a memória. Projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos nesta universidade contribuem significativamente na produção do conhecimento científico e acadêmico. Este estudo contribuiu para a construção da memória organizacional da universidade. Palavras-chave: Gestão do conhecimento. Pesquisa. Memória organizacional. 1 INTRODUÇÃO A Gestão do Conhecimento é um processo articulado que ocorre de forma sistemática, gerando o conhecimento, disseminando-o, com o objetivo de buscar nas organizações sua excelência. E são unicamente as pessoas que adquirem o conhecimento e são proprietárias dele. Uma organização que apóia pessoas criativas e fomenta espaços para apropriação do conhecimento está caminhando para o sucesso. Porém, além disso, é necessária a disseminação e utilização do conhecimento adquirido. Neste sentido, a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), vem desde sua origem valorizando a pesquisa e extensão, bem como promovendo a socialização das experiências adquiridas com toda a comunidade. Um dos grandes desafios da educação e da universidade está em ensinar o educando a localizar, interpretar e reagir às informações disponibilizadas em inúmeros bancos de dados através de múltiplos canais de acesso, desenvolvendo o aprendizado da pesquisa, da capacidade analítica, interpretativa e criativa, da habilidade em problematizar os objetos de 2 investigação, construir sínteses de elementos relevantes aos propósitos almejados, posicionarse eticamente frente aos conflitos humanos, comunicar o conhecimento elaborado e transformar suas próprias ações. As universidades como espaço de produção, reprodução e socialização do conhecimento estão inseridas neste mesmo movimento contraditório. Este trabalho apresenta uma análise histórica da produção intelectual da Unijuí, através de seus professores, alunos e comunidade, com o intuito de documentar quantitativamente a contribuição desta universidade comunitária no meio científico. Contribuição esta permeada pelo projeto político-institucional do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas COMUNG1 (compromisso com a qualidade universitária; com a democracia; com a comunidade e com a participação no processo de desenvolvimento social, cultural e econômico da região) e por objetivos estatutários da Fidene (promover estudos e pesquisas, nos domínios da ciência e da técnica e das atividades públicas e privadas e constituir-se em centro de documentação para sistematizar e divulgar conhecimentos, projetos e experiências realizadas). 2 REVISÃO DE LITERATURA UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA O Rio Grande do Sul caracteriza-se, dentro do sistema brasileiro de ensino superior, pela existência das universidades comunitárias ao lado de universidades federais, particulares e confessionais. Definidas como instituições dedicadas à prestação de um serviço público, de interesse coletivo e sem fins lucrativos, as universidades comunitárias distinguem-se, por suas características, das universidades estritamente particulares e aproximam-se das instituições públicas, cabendo-lhes, portanto, a caracterização de "públicas não-estatais". Segundo a Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (ABRUC), instituições em que os recursos gerados ou recebidos são integralmente aplicados em suas atividades, ou seja, sem fins lucrativos, caracterizam-se como comunitárias. Além desta característica, as universidades comunitárias atuam fortemente nas áreas das ciências humanas e da saúde (inclusive mantendo hospitais) bem como desenvolvem projetos e oferecem cursos que atendem à comunidade e às necessidades regionais na sua área de abrangência. As atividades de ensino das universidades comunitárias são voltadas prioritariamente para ações educacionais de caráter social. Sendo assim, parte da receita destas instituições são destinadas para a assistência social, através de bolsas de estudo, atendimento gratuito em hospitais, clínicas odontológicas ou psicológicas, assistência jurídica, entre outras. Organização Intensiva em Conhecimento (OIC) 1 O COMUNG é integrado pelas seguintes instituições comunitárias de ensino superior do Rio Grande do Sul: Universidade de Passo Fundo UPF; Universidade Católica de Pelotas UCPel; Universidade da Região da Campanha URCAMP; Universidade de Caxias do Sul UCS; Universidade de Cruz Alta UNICRUZ; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI; Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC; Centro Universitário FEEVALE e Centro Universitário UNIVATES. 3 Nas organizações em geral, em muitos setores é utilizado o conhecimento como principal bem. Setores como o de marketing, gerência de recursos humanos, alta gerência, sistemas de informações são exemplos disto. Uma Organização Intensiva em Conhecimento (OIC) é aquela, na qual sua maior parte de trabalho é de natureza intelectual, desenvolvida por profissionais altamente qualificados e muito bem educados (Alvesson, 1995). Uma OIC só possui este status se possuir alto poder intelectual em seu quadro funcional. Sua estrutura é de natureza adhocrática, e por isso abre mão de processos e procedimentos existentes em estruturas organizacionais mais tradicionais. Adhocracia é uma expressão da autoria de Alvin Tofler e popularizada por Robert Waterman com o livro "Adhocracy - The Power to Change" e corresponde ao oposto da burocracia: enquanto a burocracia coloca a ênfase na rigidez das rotinas, a Adhocracia coloca a ênfase na simplificação dos processos e na adaptação a cada situação particular. A Adhocracia é, desta forma, aplicável a qualquer organização que rompa com as tradicionais normas burocráticas, geralmente dominantes em empresas na sua fase de maturidade. O objetivo da Adhocracia é a detecção de novas oportunidades, resolução de problemas e obtenção de resultados através do incentivo à criatividade individual (grifo nosso) enquanto caminho para a renovação organizacional. (Dicionário de Gestão, 2006) Outra característica das OICs, Segundo Davel e Souza (2004) é que sua estrutura é descentralizada, com um número pequeno de níveis hierárquicos, e a distribuição/divisão de trabalhos é pouco delimitada. O processo produtivo e a qualidade deste é determinada pelos seus próprios pares. Em função do caráter estratégico do conhecimento que os profissionais destas organizações detêm, há uma considerável autonomia no plano operacional. Esta característica também induz a uma administração com uma liderança mais facilitadora do que reguladora, uma vez que cada colaborador possui um conhecimento de caráter mais estratégico, com capacidade de solucionar problemas complexos de forma criativa e inovadora. APRENDIZAGEM E GESTÃO DO CONHECIMENTO Tratar da Gestão do Conhecimento em uma instituição de ensino Superior pode parecer, em primeira instância, algo intrínseco e óbvio. Possuindo a instituição universitária, o ensino como uma das atividades atividade centrais, poder-se-ia afirmar que todos os setores desempenham atividades de forma exemplar, afinal, põe em prática aquilo que é ensinado aos alunos. Da mesma forma, os colaboradores desta instituição deveriam acessar de forma contínua a produção intelectual e baseado neste conhecimento adquirido, realizar ações e atividades de forma natural, fundamentada no aprendizado tão imediato e próximo, disseminando-o naturalmente aos outros colaboradores. Porém, mesmo em uma instituição de ensino, é necessário refletir sobre a Gestão do Conhecimento. Tendo como atividade fim o ensino, uma universidade desenvolve juntamente, a pesquisa e a extensão. É ainda mais importante falar de ensino, pesquisa e extensão quando citamos o exemplo da UNIJUÍ, que possui seu modelo de gestão baseado na participação da comunidade, na socialização do conhecimento em busca da verdade construída (e não imposta), na discussão coletiva, no envolvimento da sociedade em suas decisões e na possibilidade de argumentação de todos os atores envolvidos (modelo de gestão social). A pesquisa na Universidade é a forma pela qual a comunidade acadêmica constrói conhecimento. Já a extensão permite que a universidade se relacione com a comunidade, trazendo as demandas de seu meio para, na academia, construir o conhecimento que retornará 4 à comunidade gerando desenvolvimento. Com isso, a universidade deixa de ser uma transmissora de conhecimento, para fazer parte da construção dele. Este modelo de construção do conhecimento vai ao encontro do modelo de Gestão Desenvolvimental das organizações, porque faz com que o processo de construção do conhecimento seja feito com base nas experiências adquiridas, mas também apresenta características do modelo de capacitação de gestão, uma vez que a UNIJUÍ permite a socialização dos diferentes pontos de vista, não impõe uma verdade absoluta por defender a construção contínua da verdade mediante a argumentação, mediante diferentes estilos de aprendizagem a diferentes pessoas, com pesquisa, desenvolvimento e produção. A Universidade, exercendo plenamente seu modelo de gestão social, está em constante aprendizado. Segundo Garvin, (apud Fleury 2001), organizações que aprendem são organizações aptas a criar, adquirir e transferir conhecimentos, bem como a modificar seus comportamentos para refletir esses novos conhecimentos . Os colaboradores de uma universidade devem também buscar a aprendizagem no seu cotidiano em um contínuo exercício a partir de suas experiências. A pesquisa organizacional está mais bem definida quando há um rodízio estratégico dos colaboradores, como forma de compreender o negócio sob uma outra perspectiva, permitindo o conhecimento organizacional mais livre e de fácil aplicação prática. Outro aspecto importante é o fato de que as informações, segundo o autor, são irrestritas a todos os colaboradores, o que facilita a criação do conhecimento e um melhor entendimento da organização como um todo. Isto faz com que todos os colaboradores tenham mais clareza de seu papel na organização mediante a tomada de decisões. (NONAKA, 2000, p. 42-43) A aprendizagem conceitual implica questionar o porquê, contestando assim a natureza ou a existência de determinadas condições, sendo o processo de aprendizagem a aquisição de conhecimentos e habilidades. Garvin (1993) afirma ainda que um, dos cinco caminhos sob o qual a aprendizagem organizacional pode ocorrer é a circulação do conhecimento: novas idéias possuem um grande impacto quando são socializadas entre vários do que quando por poucos. Com relação ao ambiente para a aprendizagem, é preciso saber que o conflito está presente, principalmente na passagem do processo de aprendizagem do nível individual, para o grupal e organizacional. Quando o ambiente não é mais configurado individualmente e sim em um grupo, teremos um ambiente denominado ambiente de conflito, e neste caso é preciso possuir capacidade de negociação, imposição, aceitação, para que se possa construir em conjunto. Conforme afirma EBOLI (2001), as organizações devem trabalhar paralelamente a educação, a modernidade e a competitividade, para que suas transformações interfiram nas reformas e no desenvolvimento dos países da América Latina. Atualmente, o que se faz necessário é investimentos na qualificação e na educação da força de trabalho, bem como no desenvolvimento de competências locais , para que se alcance nas organizações uma gestão flexível, com estruturas horizontais e descentralizadas. PESQUISA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO 5 Para MARQUES (2006) a pesquisa é alma geratriz da universidade, uma de suas responsabilidades sociais, intrínseca às dimensões ensino e extensão. Pesquisas são justificadas pelos resultados que se tornam públicos e acessíveis a todos para além de suas conseqüências imediatas e pela recepção e retorno que a sociedade dá a esses resultados. Parafraseando Castro Alves, diríamos que uma universidade se faz com homens e livros, e acrescentaríamos: fazendo livros. ...Qual o lugar do escrever e do pesquisar (grifo nosso) na universidade? E qual é o compromisso da universidade, numa sociedade cada vez mais penetrada pela escrita em suas infindas novas formas e mais dependentes de conhecimento que se renovem e reconstruam pela pesquisa? (MARQUES, 2006, p. 123) Segundo Boufleur, o professor seria um eterno pesquisador. Qual seria, então, o testemunho a ser dado pelo professor? Obviamente, o testemunho de sua experiência, de sua pesquisa (grifo nosso), de sua aprendizagem, de como elaborou percepções acerca da realidade e de como adquiriu habilidades, competências, incorporou atitudes... Do educador se requer que ele tenha aprendido antes... É neste sentido que se vem falando da pesquisa como princípio educativo... Por isso a aprendizagem tem um sentido de incorporação de etapas anteriores, mesmo que sob a forma de crítica ou de revisão. (BOUFLEUR, 2003, p.6) STRAUHS concorda com Schwartzman (1986, p. 13) que defende que os sistemas de ensino superior desempenham as funções de formar pessoas para exercer profissões clássicas, educar de forma genérica e produzir novos conhecimentos, o que, hoje, vem associado com a idéia de pesquisa científica . A pesquisa universitária, no contexto do sistema de educação superior, tem seu desenvolvimento associado a este, de quem é parte inequívoca, sendo que pesquisa e ensino sofreram influência mútua ao longo do tempo. Percebe-se que, da perspectiva histórica, a pesquisa científica na Universidade sofreu mudanças indeléveis, provocadas pelas profundas transformações ocorridas na Sociedade, onde as instituições estão inseridas: da pesquisa resultante de interesses próprios de pessoas letradas e com recursos do seu início, chegou-se, na atualidade, a uma certa prevalência da pesquisa aplicada. (STRAUHS, 2003, p. 187) Segundo Frantz, (2003, p.81) a universidade age no processo de desenvolvimento pela via do conhecimento, executando atividades de ensino, de pesquisa e de extensão. A inserção acontece, a partir de seus recursos humanos, pela via do ensino, da pesquisa e da extensão. INDISSOCIABILIDADE ENTRE O ENSINO, A PESQUISA E A EXTENSÃO O ensino é uma das funções importantes de uma universidade, junto com a pesquisa e a extensão. Um olhar possível da interação entre as três funções, é o que parte da atividade de Ensino. O Ensino, por sua vez, delimita temas a serem estudados em cada curso, em cada área do conhecimento. Embora para o professor a construção do conhecimento não deva ser delimitada, é importante que cada curso possa cumprir um currículo mínimo para manter a sua coerência e padrões mínimos de formação dos profissionais. É neste ambiente de ensino que o professor provoca a criatividade no aluno. Embora esta provocação seja, muitas vezes induzida pelo cumprimento de conteúdos, é neste ambiente que 6 existe a oportunidade do aluno provocar questionamentos dignos de uma pesquisa. É neste momento que o professor, estando fortemente ligado à sua equipe de trabalho, e portanto, interagindo com seus colegas pesquisadores, poderá encaminhar este aluno para uma orientação e realização de uma pesquisa. É importante ressaltar que a pesquisa realizada por este aluno não pode ser somente a execução laboratorial da idéia do pesquisador orientador. É na criação, provocada pelo professor no aluno, que a pesquisa será desenvolvida. Quanto à extensão, é importante abrir mão de conceitos equivocados que a definem. Muitos são os que crêem que a Extensão se resume em assistência social, promoção de cursos, elo de ligação entre a pesquisa e o ensino, prestação de serviços ou promoção de eventos. A extensão é de fato, a atividade que interage com a comunidade, e nesta interação traz informações que baseiam estudos acadêmicos dispostos a propor soluções, que retornam à comunidade em busca de seu desenvolvimento. Neste processo, é o aluno em suas pesquisas, que poderá aproveitar este conhecimento em benefício de sua comunidade. Por isso é que a interação entre os três setores ensino, pesquisa e extensão deve ser cultivada e intensificada. São nos centros de pesquisa que os alunos poderão desenvolver conceitos, e ao se qualificarem, sentirão que estes podem ser utilizados para o desenvolvimento da sociedade na qual a universidade está inserida. A pesquisa é portanto a atividade da universidade que promove a produção do conhecimento, enquanto que a extensão permite a profissionalização. MEMÓRIA ORGANIZACIONAL Na antiguidade, a qualidade de arquivista pertencia aos adivinhos, guardiões dos acontecimentos memoráveis próprios de cada reinado. Com o advento da imprensa, possibilitador da passagem da memória oral para a escrita, a qual revoluciona lentamente a memória ocidental, começou-se a constituir arquivos. Tal como as relações entre memória e história, também as relações entre passado e presente não devem levar à confusão e ao ceticismo. Sabemos agora que o passado depende parcialmente do presente. Toda a história é bem contemporânea, na media em que o passado é apreendido no presente e responde, portanto, aos seus interesses, o que não é só inevitável e legítimo. Pois que a história é duração, o passado é ao mesmo tempo passado e presente. (LE GOFF, 1996, p. 52) O processo de recuperação da informação, em benefício da divulgação científica, tecnológica, cultural e social, atualmente tem sua responsabilidade dividida entre arquivos, bibliotecas e centros de documentação. Concordamos assim com a noção de Alonso (1981) de que o documento de biblioteca instrui, ensina; o de arquivo, prova. Publicações que contenham a produção intelectual da universidade são arquivadas como documentos no arquivo para cumprir a função de receptor (recolhe naturalmente o que produz a administração institucional) e classificadas na biblioteca para cumprir sua função de colecionador (acervo reunido pelo conteúdo para facilitar a localização e consulta por parte dos usuários). A distância entre a administração e a história no que concerne os documentos é, pois, apenas uma questão de tempo. Isto quer dizer que os arquivos administrativos guardam os documentos produzidos ou recebidos por cada uma das unidades durante o exercício de suas funções, e que vão sendo guardados orgânica e cumulativamente à medida que se cumprem as finalidades para as quais foram criados. Esses documentos são, na 7 realidade, os mesmos de que se valerão os historiadores (e pesquisadores), posteriormente, para colherem dados referentes ao passado, já no recinto dos arquivos permanentes. (BELLOTTO, 2004, p.23) 3 MÉTODO Para atingir os objetivos propostos no trabalho, utilizou-se como orientação a pesquisa descritiva a metodologia escolhida é de natureza quantitativa e exploratória, fundamentada em pesquisa documental e bibliográfica, privilegiando a produção intelectual preservada no Arquivo Histórico da Unijuí. A pesquisa bibliográfica destacou os conceitos e noções usadas por diferentes autores e a abordagem quantitativa nos fez delimitar o período tabulado. A principal fonte de dados utilizada foi os anais dos Seminários de Iniciação Científicas e das Jornadas de Pesquisa e de Extensão da Unijuí, de 1993 a 2004, assim como os índices numérico-cronológicos dos projetos de pesquisa e extensão encaminhados a órgãos financiadores de 1981 a 2005. Os resultados assinalam oportunidade para uma avaliação evolutiva e comparativa do processo em vigor ao longo dos últimos anos, estabelecendo parâmetros para trabalhos posteriores. 4 A UNIJUÍ Uma das atividades fim de uma Universidade é o Ensino. Por isso, pode-se dizer que o principal produto de uma instituição de ensino superior é a disseminação do conhecimento, realizada pelos professores, corpo operacional da instituição e de alta propriedade intelectual. Pode-se caracterizar portanto a Unijuí, como uma Organização Intensiva em Conhecimento (OIC), uma vez que grande parte dos bens da instituição é o conhecimento dos professores que nela trabalham. A Unijuí insere-se no contexto do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (COMUNG), o qual é integrado por nove instituições de ensino superior. No seu conjunto, as instituições do COMUNG congregam mais de 40 campi universitários, abrangem mais de 380 municípios em suas áreas de influência, e possuem em torno de 120 mil alunos de graduação e pós-graduação, constituindo-se, assim, no maior sistema de educação superior em atuação no Rio Grande do Sul. O ensino superior na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul tem sua origem na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (FAFI), instalada em 1957, mantida na época pela Sociedade Literária São Boaventura, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Em 1969, com a doação do patrimônio inicial para a constituição de uma fundação de caráter regional e leiga, surge a Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado (FIDENE). Em 1985 alcança a condição de Universidade de Ijuí, autorizada e reconhecida pelo Ministério da Educação. O caráter regional da Universidade amplia-se a partir de 1991, com a incorporação dos cursos oferecidos, em Santa Rosa, desde 1973, pelo Instituto Educacional Dom Bosco, ligado à Congregação dos Padres Salesianos. Em 1993, após a formalização do caráter regional e multicampi, transforma-se na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, contando com os Campi de Ijuí, de 8 Santa Rosa, de Panambi e de Três Passos, e com os Núcleos Universitários de Santo Augusto e Tenente Portela. O contexto institucional envolve o ensino, a pesquisa, a extensão e a gestão vinculada ao compromisso com o desenvolvimento regional. Todas as atividades da instituição estão correlacionadas uma com as outras, pois para existir um ensino de qualidade, é necessário o desenvolvimento da pesquisa, e sem pesquisa, não há produção científica. Desenvolvendo a pesquisa e a extensão, ao lado do ensino na universidade, e permitindo que seus colaboradores façam uso deste conhecimento gerando ainda a discussão, a Unijuí está valorizando o ser humano e reconhecendo o valor dos relacionamentos, dos processos e do material intelectual ali construído. 5 RESULTADOS ANÁLISE DE DADOS DOS PROJETOS DESENVOLVIDOS NA UNIJUÍ A construção de conhecimento através da pesquisa já era objeto de discussão do corpo docente em 1960, conforme relatado em ata de reunião da congregação da FAFI Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí. (1) os trabalhos de pesquisa a serem passados aos alunos pelos professores de cada disciplina não devem ser em número inferior a dois, nem superior a quatro, por semestre; (2) nenhum aluno pode ser admitido às provas parciais nem aos exames finais, se não tiver feitos os trabalhos de pesquisa (FAFI, 1960, p. 12) No final da década de 70, tendo em vista necessidades de organização e elaboração dos processos de reconhecimento de Cursos, foi criado um GRUPO TAREFA chamado Processos , o qual transforma-se em SEPI Setor de Planejamento e Informações em 1981. Em 1984 teve sua sigla modificada para SEPPI Setor de Processos, Projetos e Informações, em função das atividades desenvolvidas, ou seja, elaboração, assessoria e encaminhamento de processos, projetos, coleta, organização e fornecimento de dados e informações relacionados com as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração da FIDENE. No contexto da preservação da construção do conhecimento através da pesquisa, são arquivados, no Arquivo Permanente da Fidene/Unijuí, todos os processos2 de projetos de pesquisa e extensão produzidos na universidade, os quais incluem os relatórios finais dos mesmos e outros documentos produzidos em função deste (questionários aplicados, tabulação de dados, apresentações em eventos científicos de outras instituições...) datando os primeiros, do final da década de 70. Arquivo permanente é o conjunto de documentos preservados em caráter definitivo, em função de seu valor probatório e/ou informativo, e que constitui os meios de conhecer o passado e sua evolução. Também chamado Arquivo Histórico. (CAMARGO, 1996) A Tabela 01 apresenta o levantamento realizado junto ao Arquivo Permanente da Fidene/Unijuí, dos registros documentais do Setor de Projetos, Processos e Informações 2 Unidade documental em que se reúnem oficialmente documentos de natureza diversa, no decurso de uma ação administrativa ou judiciária, formando um conjunto materialmente indivisível. 9 (SEPPI), referente a projetos elaborados na Unijuí e encaminhados a órgãos e/ou instituições de fomento à produção científica e tecnológica. Este registro passou a ser sistemático a partir do ano de 1981, sendo que o SEPPI além de registrar, fazia o acompanhamento da execução destes projetos, de acordo com seus cronogramas. Tabela 1 Projetos encaminhados através do SEPPI Ano 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 Nº. Projetos 61 86 87 83 80 82 112 248 271 276 296 304 Ano 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Nº. Projetos 252 293 324 240 184 126 146 156 98 102 68 67 FONTE: Arquivo Histórico da Fidene Gráfico 1 Análise dos projetos encaminhados através do SEPPI 350 300 250 200 150 100 50 0 FONTE: Arquivo Histórico da Fidene A partir da tabulação dos índices numérico-cronológicos dos projetos de pesquisa e extensão encaminhados através do Seppi a órgãos financiadores, de 1981 a 2004, percebe-se que houve uma queda, devido ao fato de que a partir do ano de 1997 a então direção da FIDENE traçou outras estratégias políticas que não priorizavam somente a realização de projetos de pesquisa na universidade. A partir de 2005 foi priorizada a política de gestão do conhecimento, fomentando assim, a partir dali, a realização de projetos de pesquisa, de extensão e a busca de fomento para realização de atividades de pesquisa e construção do conhecimento, estimulando o envio de projetos para busca de recursos de instituições de fomento. Uma análise preliminar aponta 197 projetos elaborados e protocolados, que solicitaram recurso externo ou tiveram concessão de tempos docentes (recurso interno da universidade) para realização de atividades de Pesquisa e Extensão. Quanto à gestão destas informações, é interessante ressaltar que do ano de 1981 a 1996 o registro e protocolo de projetos era feito manualmente. A partir de 1997 os projetos passaram Nº de Projetos Ano 198 1 198 2 198 3 198 4 198 5 198 6 198 7 198 8 198 9 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 199 9 200 0 200 1 200 2 200 3 200 4 10 a ser digitados e atualmente o registro e controle é sistematizado por intermédio do Sistema de Informações Educacionais (SIE), que ainda está em processo de implantação, nos mais diversos setores da Universidade, e servirá como um sistema interligado às mais variadas atividades institucionais. ANÁLISE DE DADOS DOS SEMINÁRIOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E JORNADAS DE PESQUISA E EXTENSÃO DA UNIJUÍ Os Seminários de Iniciação Científica e as Jornadas de Pesquisa e de Extensão da UNIJUÍ têm como objetivo a socialização dos trabalhos de pesquisa e de extensão que estão sendo desenvolvidos pelos professores e alunos da UNIJUÍ e também de outras instituições de ensino. Incluem-se em sua programação a apresentação dos resultados parciais e finais de pesquisas, monografias, dissertações, teses e ações de extensão. O XIV Seminário de Iniciação Científica, a XI Jornada de Pesquisa e a VII Jornada de Extensão da UNIJUÍ constituem-se espaços institucionais de diálogo e interação entre os membros da comunidade acadêmico-científica regional. O I Seminário de Iniciação Científica foi realizado em 1993 atendendo às normas do Programa Institucional de Iniciação Científica PIBIC/CNPQ, no qual a Unijuí ingressou em 1992, com uma quota inicial de 20 bolsas destinadas a alunos de graduação. Do IV ao VI SIC Seminário de Iniciação Científica de 1996 a 1998, a apresentação dos resultados das pesquisas ocorreu de forma integrada às demais atividades desenvolvidas pelas semanas acadêmicas dos cursos de graduação da instituição. As publicações, ou seja, os anais dos seminários de iniciação científica e jornadas de pesquisa e de extensão são arquivados como documentos no Arquivo Permanente/Histórico da Fidene/Unijuí, onde cumprem sua função de originais e únicos, não sendo permitida fotocópia ou empréstimo domiciliar; e classificados na Biblioteca Universitária Mario Osório Marques para cumprir sua função de divulgação e acesso a usuários/pesquisadores através de pesquisa local e/ou empréstimo domiciliar. 11 Tabela 2 Autores e projetos apresentados nas jornadas de pesquisa e seminários de iniciação científica da Unijuí, por evento, 1993 a 2005. Data 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Nome do Evento I Seminário Interno de Iniciação Científica II Seminário de Iniciação Científica e I Jornada de Pesquisa III Seminário de Iniciação Científica e II Jornada de Pesquisa da Unijuí IV Seminário de Iniciação Científica e III Jornada de Pesquisa da Unijuí I Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão e V Seminário de Iniciação Científica II Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão e VI Seminário de Iniciação Científica VII Seminário de Iniciação Científica IV Jornada de Pesquisa V Jornada de Pesquisa VIII Seminário de Iniciação Científica VI Jornada de Pesquisa da Unijuí IX Seminário de Iniciação Científica III Jornada de Extensão da Unijuí VII Jornada de Pesquisa da Unijuí X Seminário de Iniciação Científica IV Jornada de Extensão da Unijuí VIII Jornada de Pesquisa da Unijuí XI Seminário de Iniciação Científica V Jornada de Extensão IX Jornada de Pesquisa XII Seminário de Iniciação Científica VI Jornada de Extensão X Jornada de Pesquisa XIII Seminário de Iniciação Científica N. de N. de autores projetos 20 12 145 312 475 368 347 129 127 171 159 419 490 89 436 503 146 470 701 183 551 696 261 512 604 123 168 403 373 343 126 108 158 156 261 235 43 274 256 73 338 343 76 354 370 131 361 383 2003 2004 2005 FONTE: Arquivo Histórico da Fidene e Biblioteca Universitária Mario Osorio Marques Gráfico 2 Autores e projetos apresentados nas jornadas de pesquisa e seminários de iniciação científica da Unijuí, por evento, 1993 a 2005. 800 700 600 500 400 300 200 100 0 19 93 SI 94 SIC C 19 e J 95 SIC P 19 eJ 96 SIC P 19 97 eJ Sic P 19 eJ 98 EP SIC E eJ EP E 19 99 SIC 19 99 JP 20 00 JP 20 00 SIC 20 01 JP 20 01 SIC 20 02 JE 20 02 JP 20 02 SIC 20 03 JE 20 03 JP 20 03 SIC 20 04 JE 20 04 JP 20 04 SIC 20 05 JE 20 05 JP 20 05 SIC Nº de autores Nº de projetos 19 FONTE: Arquivo Histórico da Fidene e Biblioteca Universitária Mario Osorio Marques 12 6 CONCLUSÃO Com as atividades de ensino, pesquisa e extensão, promove sua socialização em eventos científicos periódicos, atraindo ano após ano maior público, de diferentes regiões do Brasil e da América do Sul. Baseada em seu modelo de Gestão Social, promove ainda mais espaços para a discussão, socialização, construção do conhecimento através do diálogo, em diferentes pontos de vista. Isto é sobretudo desenvolver a Gestão do Conhecimento, valorizar o capital intelectual e fazer uso dele para seu próprio crescimento e desenvolvimento. Desta forma, a análise realizada neste trabalho contribuiu para que fosse possível quantificar e documentar a realização de publicação da produção intelectual da comunidade acadêmica, no período de 1993 a 2005, através dos eventos científicos da Unijuí. Da mesma forma, a análise dos projetos institucionais que buscaram recursos externos em órgãos de fomento à pesquisa, de 1981 a 2004. Percebe-se que a Gestão do Conhecimento na Unijuí é fortalecida uma vez que promove e valoriza a discussão e a produção intelectual, utilizando deste capital para o desenvolvimento, não só da universidade mas da comunidade na qual está inserida. Partindo da premissa de Browne (1992) de que a mesma parte de uma informação é usada de diferentes formas, em diferentes momentos e por diferentes pessoas durante o processo decisório podemos afirmar que a existência de um centro ou unidade de informação responsável pela reunião e coordenação de dados e documentos e a existência de procedimentos organizados de aquisição, formatação e disseminação das informações é essencial. Após a observação deste conjunto de elementos, conclui-se que a Unijuí está desenvolvendo ações relativas ao que autores definem como os três momentos da gestão do conhecimento: a construção, através do incentivo à produção de projetos de pesquisa e extensão; a disseminação, através da realização dos eventos e publicação dos anais para difusão; e a memória, com o arquivamento e catalogação dos documentos produzidos em função de duas atividades fins desta universidade - pesquisa e extensão. Este trabalho contribuiu para a construção da memória, tornando-se fonte para consulta quantitativa da produção intelectual e publicações em eventos científicos internos da universidade. REFERÊNCIAS ALVESSON, Mats. Knowledge Work and Knowledge-Intensive Firms. New York, OXFORD University Press, 2004. 271 p. ALVESSON, Mats. Management of knowledge-intensive companies. Berlin, New York: Walter de Gruyter, 1995. BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. 7. ed. São Paulo: Loyola, 2001. 102 p. BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004. 13 BOUFLEUR, José Pedro. A pedagogia escolar e a mediação de aprendizagens. Espaços da Escola, Ijuí, ano 13, n.49, p.3-7, jul/set. 2003. BROWNE, Mairéad. Information and executive decision. ASIS, p. 41-47, 1992. CAMARGO, Ana Maria de Almeida; BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Secretaria da Cultura, 1996. 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