Diagnóstico e epidemiologia molecular de cepas de Mycobacterium tuberculosis no Estado de Santa Catarina

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Diagnóstico e epidemiologia molecular de cepas de Mycobacterium tuberculosis no Estado de Santa Catarina

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Title: Diagnóstico e epidemiologia molecular de cepas de Mycobacterium tuberculosis no Estado de Santa Catarina
Author: Nogueira, Christiane Lourenço
Abstract: Resumo: A Tuberculose (TB), doença infectocontagiosa causada pelo M. tuberculosis, é um grave problema de saúde pública, sendo responsável por cerca de 1,5 milhões de mortes/ano no mundo. Embora o Estado de Santa Catarina apresente uma das mais baixas taxas de incidência (27,6/100.000 habitantes) do país, alguns municípios, como Itajaí (77,3 casos novos/100.000 habitantes) apresentam taxas iguais e/ou superiores às do Brasil (43/100.000 habitantes) e de outros países, nos quais a situação é muito grave. Em relação ao controle da TB, o Estado de Santa Catarina conta com o Hospital Nereu Ramos (hospital de referência) e com o LACEN/SC (laboratório de referência). A oportunidade de associar informações diagnósticas rápidas e dados de epidemiologia molecular representa um avanço importante no controle da doença. Diante disso, este trabalho teve como objetivos avaliar, por meio da PCR (IS6110 e 16S rRNA), a inclusão de pérolas de vidro como modificação no protocolo de rotina utilizado no Laboratório de Biologia Molecular e Micobactérias/UFSC para tratamento das amostras de escarro; e estudar a epidemiologia molecular de cepas circulantes de M. tuberculosis no Estado de Santa Catarina pela metodologia Spoligotyping. De março/2010 a março/2011 foram obtidos 406 isolados clínicos, sendo que 120 amostras de escarro foram utilizadas para a avaliação do protocolo modificado para tratamento das amostras. A utilização das pérolas de vidro demonstrou um incremento na sensibilidade da PCR para detecção de M. tuberculosis, especialmente nas amostras paucibacilares. Entre os casos incluídos no estudo, 85% dos indivíduos residiam nas regiões do Vale do Itajaí, da Grande Florianópolis e do Nordeste Catarinense, sendo predominante os indivíduos brancos, adultos jovens, do sexo masculino, com baixa escolaridade, desempregados ou com baixa qualificação profissional. Cerca de 50% da população apresentou algum tipo de agravo associado, sendo 23,1% coinfectados com HIV, 37,6% etilistas e 35,2% dependentes químicos. Nas análises pelo Spoligotyping, observou-se grande variedade de genótipos circulantes, dos quais 13,3% ainda não haviam sido descritos no SpolDB4. A linhagem LAM foi a mais frequente (40,1%), seguida da T (23,4%), da Harleem (12,8%), da U (3,7%), da X (2,7%) e da S (1,7%), sendo as subfamílias LAM9 (20,0%), H3 (9,6%) e T2/T3 (8,4%) as mais frequentemente identificadas. Os perfis mais frequentes são similares com cepas circulantes em Portugal, Itália e outros países europeus, o que reflete a influência da colonização do Estado na população de cepas de M. tuberculosis. Algumas subfamílias e SITs (Spoligotyping International Types), encontrados em baixa frequência, ocorreram exclusivamente em certas regiões do Estado. A utilização do protocolo modificado para tratamento das amostras de escarro possibilitou uma melhora no diagnóstico molecular da TB realizado no Laboratório de Biologia Molecular e Micobactérias/UFSC em parceira com o Hospital Nereu Ramos e o LACEN/SC. Além disso, o estudo epidemiológico molecular forneceu, pela primeira vez, dados sobre a estrutura populacional de M. tuberculosis circulantes no Estado de Santa Catarina.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96309
Date: 2012


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