Caracterização química e climática de populações naturais de erva-mate (Ilex paraguariensis st. hill) no Planalto Norte Catarinense

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Caracterização química e climática de populações naturais de erva-mate (Ilex paraguariensis st. hill) no Planalto Norte Catarinense

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Title: Caracterização química e climática de populações naturais de erva-mate (Ilex paraguariensis st. hill) no Planalto Norte Catarinense
Author: Meurer, Analice Zaccaron
Abstract: A erva-mate do Planalto Norte Catarinense é reconhecida mundialmente pela extração de matéria prima a partir de ervais nativos, remanescentes da Floresta Ombrófila Mista, e importantes áreas de preservação e manutenção da biodiversidade local. A erva-mate possui em sua composição química diversos compostos secundários que dão sabor ao mate e que sofrem influência do ambiente. Objetivando caracterizar química e climaticamente as populações naturais de erva-mate dessa região na busca de uma delimitação regional para uma Indicação Geográfica, foram selecionados 4 municípios e instaladas 4 parcelas de 10m x 20m em cada município. Foram avaliados os valores de DAP e número de indivíduos, dividindo-as em duas classes: 1) erva-mate e; 2) outras espécies e para cálculo da área basal e estimar indiretamente o sombreamento. Foram coletadas amostras de folhas no período de safra (junho) para análise química. A população de Campo Alegre apresentou os maiores valores para área basal total (39,5 m²/há) e área basal da erva-mate (9,9 m²/há), com diferenças significativas para Major Vieira, Irineópolis e Mafra. Para a área basal total, Major Vieira foi 28,6 m²/ha e Irineópolis foi 26,7 m²/há. Para a área basal da erva-mate, Major Vieira foi 6,7 m²/há e Irineópolis foi 5,4 m²/ha. Na classe denominada de outras espécies os valores foram de 29,6 m²/ha; 21,9 m²/ha e 21,5 m²/ha para Campo Alegre, Major Vieira e Irineópolis, respectivamente, sem diferenças significativas. Campo Alegre apresentou o maior sombreamento, seguido de Irineópolis e Major Vieira, apontando um padrão de manejo do sombreamento nestes ervais. Para as análises químicas, em Campo Alegre houve maior concentração de fenólicos (336,72 mg/g), significativamente diferente de Irineópolis (270,46 mg/g), Major Vieira (268,84 mg/g) e Mafra (241,93 mg/g). Para cafeína, Irineópolis (63,35 mg/g) e Campo Alegre (61,75 mg/g) apresentaram maires concentrações. Major Vieira, (39,06 mg/g) foi significativamente diferente dos outros municípios, e Mafra (23,00 mg/g) foi significativamente diferente dos outros locais. Para teobromina, Major Vieira (11,97 mg/g), Campo Alegre (11,05 mg/g) e Irineópolis (9,67 mg/g) não diferiram estatisticamente, sendo Mafra (2,03 mg/g) diferente dos outros municípios. Para a caracterização climática, de acordo com os dados disponíveis para as localidades de Rio Negrinho e Major Vieira, indicam julho como o mês mais frio, com média da temperatura mínima do ar variando entre 8,0ºC e 6,0°C, sendo este último o menor valor médio da temperatura mínima do ar e 17°C o maior valor médio da temperatura mínima do ar registrado. Janeiro e fevereiro foram caracterizados como os meses mais quentes, com média da temperatura máxima do ar de 27,4°C e 27,2°C, respectivamente. A menor temperatura do ar registrada na região foi de -7,0°C e a maior de 37,2°C. De acordo com a média histórica, em Rio Negrinho, o maior acúmulo de chuva ocorreu em janeiro (458,9mm), e o menor em maio (184,6mm). Os resultados observados levam à conclusão da existência de um padrão de manejo do sombreamento nas áreas de ervais nativos do Planalto Norte Catarinense, as condições climáticas são semelhantes e os compostos secundários analisados apresentaram maiores concentrações nas áreas de maior sombreamento.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96172
Date: 2012


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