Abstract:
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O objetivo deste estudo foi caracterizar a farinha de vísceras de aves, focando no seu uso na aquicultura. Para tal, foram escolhidas quatro empresas com produção significativa: dois frigoríficos, que processam imediatamente as vísceras após o abate das aves e dois produtores independentes, que transportam as vísceras para suas plantas processadoras em temperatura ambiente, o que pode levar muitas horas. Foram realizadas quatro coletas em cada empresa, uma em cada estação do ano (outono, inverno, primavera e verão, com exceção de um frigorífico em que não houve coleta no outono), com o objetivo de verificar a variação sazonal e entre tipos de indústria na composição proximal (proteína bruta, extrato etéreo, matéria seca, cinzas, fósforo) e nos índices qualitativos (índice de peróxidos, índice de acidez, aminoácidos e aminas biogênicas, granulometria, presença de antibióticos e Salmonella). Farinhas de vísceras de aves produzidas por frigoríficos apresentaram maior teor de proteína bruta quando comparadas àquelas fabricadas por produtores independentes (68,33% e 64,14%, respectivamente) e menor teor de cinzas (13,59% e 19,14%). Também houve diferenças no perfil de aminoácidos, aminas biogênicas e granulometria. Farinhas de vísceras de aves de todos os fornecedores apresentaram maiores índices de acidez e índice de peróxidos nos períodos mais quentes: verão e primavera. O teor de algumas aminas biogênicas e aminoácidos foram afetados sazonalmente. A farinha de vísceras de aves produzida por frigoríficos possui melhor qualidade nutricional, sendo menos susceptível à deterioração da matéria prima ao longo do ano. |