A Literatura em exílio: uma leitura de Lavoura Arcaica, Relato de um certo Oriente e Dois irmãos

Repositório institucional da UFSC

A- A A+

A Literatura em exílio: uma leitura de Lavoura Arcaica, Relato de um certo Oriente e Dois irmãos

Mostrar registro completo

Título: A Literatura em exílio: uma leitura de Lavoura Arcaica, Relato de um certo Oriente e Dois irmãos
Autor: Müller, Fernanda
Resumo: Após a constatação do fracasso de algumas ilusões políticas, tal qual a que identificava como produtores de conflito e exílio apenas as grandes estruturas opressivas, observamos a progressiva redução dos espaços de convivência, atestada pelo fim das grandes cidades cosmopolitas mediterrâneas, pela violenta repressão à imigração e, mais recentemente, pela decretação do fracasso do multiculturalismo. Diante de tal cenário, a problemática do exílio passou a receber papel de destaque junto aos estudos humanísticos contemporâneos, em que despontam tentativas de compreendê-lo enquanto fenômeno moderno multifacetado. Espaço privilegiado, a literatura capta e leva a público esse jogo de tensões, de modo que refletir sobre a presença do exílio em formas de expressão artísticas como o romance, símbolo da #ausência de uma pátria transcendental#, pode nos levar também a uma crítica mais consciente de nossa própria época. Assim, compreendendo o #real# como algo que desafia a representação, investigamos os recursos empregados na tentativa de problematizar o exílio, colocando em xeque a própria natureza da literatura. Lançando mão de três romances: Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, Relato de um certo Oriente e Dois irmãos, de Milton Hatoum, analisamos a procura, a deriva e a falta manifestas por personagens deslocadas, sejam elas nacionais ou não. Somam-se desse modo tentativas de reaver um bem imaterial, cuja perda é capaz de contaminar a estrutura, a forma e o conteúdo, evidenciando como a condição primordial do homem e da literatura, enquanto ser e enquanto linguagem, ou melhor dito, enquanto ser na linguagem, é o exílio. Afinal, diante da leitura dos romances, como definir o limiar, estabelecer fronteiras, se para a literatura não existe o lugar próprio? A resposta parece estar contida nessa falta de lugar, nessa impropriedade que lhe é própria, na qual concentra sua potência, questionando os lugares/limites do discurso.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2011
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95060
Data: 2011


Arquivos deste item

Arquivos Tamanho Formato Visualização
290094.pdf 1.653Mb PDF Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro completo

Buscar DSpace


Navegar

Minha conta

Estatística

Compartilhar