A Consideração moral não-antropocêntrica na filosofia de Arthur Schopenhauer

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A Consideração moral não-antropocêntrica na filosofia de Arthur Schopenhauer

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Title: A Consideração moral não-antropocêntrica na filosofia de Arthur Schopenhauer
Author: Espíndola, Camila Koerich
Abstract: Enquanto as concepções morais especistas colocaram a essência humana em características peculiares à nossa espécie, Arthur Schopenhauer defendeu que a essência do ser humano é a Vontade. Mas esta essência, no seu entender, não se restringe à espécie humana. Ao contrário. Ela é também o núcleo essencial de todos os demais seres naturais, desde os inorgânicos até os animais. Por conseguinte, as diferenças verificadas entre os diferentes fenômenos da Vontade representam somente o modo pelo qual esta se apresenta aos olhos do sujeito cognoscente. A partir da constatação do parentesco essencial entre nós e os outros seres vivos, a presente dissertação tem como objetivo central pesquisar a consideração moral não-antropocêntrica a partir da filosofia schopenhaueriana. Apesar de todos os seres compartilharem da mesma essência, a esfera da moralidade, em Schopenhauer, abarca apenas os animais, pois somente eles são capazes de sentir dor, denominada de afecção imediata da vontade. Para alcançarmos o objetivo proposto, fez-se necessário, primeiramente, investigar as principais semelhanças apontadas por Schopenhauer entre nós e os demais animais - tais como a capacidade cognitiva, o desejo pela conservação da vida e a disposição para a dor e para o sofrimento. A partir disso, partimos para a análise da concepção moral schopenhaueriana, fundamentada numa proposta ética descritiva. Segundo o autor, a genuína moralidade se expressa naqueles atos em que o agente, ao invés de buscar o seu próprio interesse, age em prol da vida alheia, sem visar com isso quaisquer benefícios. A motivação para essa ação provém da capacidade de superar o olhar característico do mundo como representação, ou seja, o olhar egoísta, marcado pela dualidade entre o "eu" e o "outro". Essa motivação, todavia, não se origina da reflexão ou de princípios abstratos, mas sim da participação imediata no sofrimento alheio, reconhecida como o sentimento de compaixão. Como os animais são igualmente capazes de sentir dor, então, a motivação moral estabelecida por Schopenhauer também os abrange, o que possibilita a fundamentação para a proposta central desse trabalho.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2010
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94606
Date: 2012-10-25


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