Avaliação in vitro da atividade antioxidante dos carotenóides totais extraídos do músculo de camarões cultivados Litopenaeus vannamei

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Avaliação in vitro da atividade antioxidante dos carotenóides totais extraídos do músculo de camarões cultivados Litopenaeus vannamei

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Título: Avaliação in vitro da atividade antioxidante dos carotenóides totais extraídos do músculo de camarões cultivados Litopenaeus vannamei
Autor: Silva, Fabiana Ourique da
Resumo: Os carotenóides têm sido bastante investigados como agentes quimiopreventivos, funcionando como antioxidantes em sistemas biológicos. A astaxantina é um carotenóide do grupo das xantofilas, de ocorrência natural em algas, peixes e frutos do mar, sendo o camarão uma de suas principais fontes alimentares. Sua atividade antioxidante parece ser muito superior àquela dos demais carotenóides. No presente estudo foi avaliada a atividade antioxidante in vitro dos carotenóides totais (CT) extraídos do músculo de camarões Litopenaues vannamei cultivados em cativeiro, utilizando-se como parâmetros a medida de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), o seqüestro do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) e a co-oxidação do ?-caroteno/ácido linoléico, utilizando-se a astaxantina sintética como padrão. Foram utilizados dois grupos de camarões: camarão controle (CC) que recebeu ração controle não suplementada, com 3 ppm de carotenóides e camarão suplementado (CS) que recebeu ração contento 60 ppm de carotenóides provenientes da alga Haematococcus pluvialis. Após 30 dias de tratamento, os camarões foram capturados, extraídos os carotenóides totais e realizada a quantificação da astaxantina. Soro e homogenato de fígados extraídos de ratos Wistar adultos foram incubados com os agentes oxidantes CuCl2 0,1 mM e 2,2´-azobis(2-amidinopropano) dihidrocloreto (AAPH) 5 mM, na presença ou ausência dos carotenóides oriundos dos camarões, nas concentrações 0, 0,25, 1,25, 2,5 e 5 ?M. Posteriormente foram realizadas as medidas de TBARS. Para a análise de DPPH utilizaram-se as concentrações de 5 e 10 ?M de carotenóides totais, enquanto que para a co-oxidação foram utilizadas as concentrações de 10 e 20 ?M de carotenóides totais. Os resultados estão expressos como média ± erro padrão da média (E.P.M.). Os dados foram analisados pela análise de variância de duas vias (ANOVA) com medidas repetidas, seguido pelo teste post-hoc de Bonferroni. O nível de significância considerado foi de P < 0,05. Nas análises de TBARS, no soro e homogenato de fígado, após a indução da oxidação com CuCl2 e AAPH observa-se que a proteção contra a lipoperoxidação dos CT extraídos do CS foi semelhante àquela obtida com a astaxantina sintética, principalmente nas concentrações mais elevadas (2,5 e 5 ?M), indicando um perfil concentração-resposta. Nas análises de co-oxidação do ?-caroteno/ácido linoléico, os CT extraídos dos camarões do grupo CC não apresentaram atividade antioxidante nas concentrações de 10 e 20 ?M, enquanto que os CT extraídos do grupo CS mostraram uma atividade antioxidante estatisticamente semelhante àquela da astaxantina sintética para ambas as concentrações testadas. Para o seqüestro do radical livre DPPH, observou-se novamente um possível efeito concentração-resposta dos CT extraídos dos grupos CC e CS, onde os CT do grupo CS apresentaram uma capacidade de seqüestrar o radical DPPH semelhante àquela da astaxantina sintética (aproximadamente 75%), apesar da diferença estatística. Ainda, os resultados da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) indicam não haver diferença nos níveis de astaxantina nos dois grupos de camarões (CC e CS), sendo este o carotenóide majoritário nos crustáceos de ambos os grupos. Foi observada uma maior atividade antioxidante in vitro dos carotenóides extraídos dos camarões que receberam uma suplementação de astaxantina na ração (grupo CS). Neste grupo, o efeito protetor da astaxantina pode ter evitado a oxidação de ácidos graxos poliinsaturados e colesterol nos crustáceos, evitando desta forma a presença de compostos oxidados nos extratos. No grupo CC, com menor teor de astaxantina, uma maior concentração de compostos oxidados presentes nos extratos poderia estar interferindo nas análises. Os carotenóides do grupo suplementado exerceram uma maior proteção contra a lipoperoxidação no soro e homogenato de fígado de ratos, proteção contra a oxidação de um ácido graxo poliinsaturado e maior atividade no seqüestro de radicais livres. A partir destes resultados observados in vitro novos estudos devem ser conduzidos com o intuito de verificar os possíveis efeitos benéficos in vivo do consumo de alimentos que possuam astaxantina como o carotenóide majoritário, como o camarão.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2010
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93996
Data: 2012-10-25


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