Abstract:
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A perkinsiose, enfermidade causada pelo protozoário Perkinsus sp., é responsável por mortalidades de moluscos marinhos em todo o mundo. O presente estudo objetivou verificar a presença de patógenos com ênfase em Perkinsus em ostras de Santa Catarina/SC e do Ceará/CE, Brasil. Em SC, as ostras Crassostrea rhizophorae (costão) e Crassostrea gigas (cultivo) foram coletadas no Sambaqui e Ribeirão da Ilha, em março/2008 e abril/2009 (N= 1200). No CE, as ostras C. rhizophorae foram coletadas em 3 pontos do Estuário do Rio Pacoti, em agosto/2008 e dezembro/2009 (N= 900). As técnicas utilizadas foram análise macroscópica, histologia, cultivo em meio líquido de tioglicolato, reação em cadeia da polimerase (PCR), clonagem e sequenciamento de uma região identificada de Perkinsus. Os resultados nas ostras estudadas mostraram: hipertrofia gamética, a presença de bactérias do tipo rickettsia; protozoários: Perkinsus, Nematopsis, Trichodina, Sphenophrya, Ancistrocoma e Steinhausia. As hipertrofias e bactérias foram detectadas nas ostras de SC e Perkinsus somente nas ostras do CE. Os metazoários observados foram poliquetas Polydora, Urastoma, Tylocephalum, copépode possivelmente do gênero Pseudomyicola e, nas ostras do Ceará, larvas de digenéticos. Os patógenos não foram associados a danos significativos nos tecidos das ostras, em SC e CE. As ostras do CE foram diagnosticadas com Perkinsus sp. (5,8% em 2008 e 5,1% em 2009). A PCR com iniciadores específicos seguida do sequenciamento confirmou se tratar do gênero Perkinsus, porém ainda não foi possível confirmar a espécie. |