Abstract:
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A presente tese teve como finalidade a análise crítica dos processos de elaboração e implementação de um novo modelo de gestão para organizações universitárias com base referencial na Teoria da Gestão Estratégica, Teoria da Abordagem Contingencial, e no Modelo Dinâmico de Adaptação de Miles e Snow. Trata-se de um estudo de caso de uma mantenedora confessional de instituições de ensino superior, com sede na da cidade de São Paulo, que, à semelhança de suas congêneres, vê retirada, cada vez mais, a crença pelas certezas, passando por dificuldades decorrentes de sua própria inércia, da expansão do ensino superior, e da intervenção normativa do governo, tanto na sua estrutura organizacional, quanto no seu funcionamento. Assim, decidida a intervir nos conflituosos processos de sua relação com os ambientes interno e externo, a organização, objeto deste estudo, programou um novo modelo de gestão, constituído de um conselho gestor e onze comissões estratégicas diferenciadas por suas funções. A partir dessa mudança, puderam ser observadas novas dinâmicas nas relações inter-institucionais, por um lado, apontando para avanços na forma como as ações acadêmicas, administrativas e políticas, até então, eram conduzidas, mas por outro lado, uma forte resistência às mudanças, e um sentimento de perda de poder por parte dos atores que antes centralizavam-no. A metodologia empregada para a verificação desses dois momentos, antes e após a implantação do novo modelo de gestão, tem abordagem qualitativa, com entrevistas baseadas em questionário estruturado, e com perguntas abertas. Como conclusão e resposta à pergunta da pesquisa constataram - se que a elaboração do novo modelo de gestão e sua implantação seguiu uma dinâmica de adaptação com ajuste contínuo aos ambientes interno e externo, não obstante a resistência encontrada devido à mudança do processo de decisões e conseqüente diluição do poder, anteriormente concentrado. |