Quase-verdade, probabilidade pragmática e indução

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Title: Quase-verdade, probabilidade pragmática e indução
Author: Lima, Adriano Luiz de Souza
Abstract: Hume sustentou em suas investigações que não estamos autorizados pela razão a fazer infe-rências indutivas e muitos foram os que tentaram refutar esta posição (SALMON, 1979; BLACK, 1975). Não pretendemos neste trabalho oferecer uma resposta ao problema posto por Hume, mas tentar mostrar que, apesar de não serem inferências válidas, as induções nos trazem conclusões plausíveis quando partimos de premissas também plausíveis e obedecemos certas condições. Inicialmente, faremos uso da caracterização de da Costa que nos diz que uma lógica é "qualquer classe de cânones de inferência baseada num sistema de categorias" (DA COSTA, 1993, p.12), para tentar mostrar em que sentido é possível falarmos de lógicas indutivas. Para tanto, usaremos a caracterização desse autor para o conceito de indução como sendo uma inferência (relativa a uma dada lógica L ) que não é válida do ponto de vista de L .1 Como, em geral, não há como garantir a veracidade de conclusões obtidas indutivamente, mesmo sendo todas as premissas da inferência comprovadamente verdadeiras, associaremos as sentenças envolvidas no argumento indutivo com um tipo de probabilidade subjetiva, chamada probabilidade pragmática, desenvolvida por da Costa. Sem muitos detalhes, dizemos que a probabilidade pragmática de uma sentença é o grau de crença racional na quase-verdade desta sentença e que a quase-verdade é o quanto esta sentença se aproxima da "verdade absoluta". Serão estes dois conceitos de probabilidade pragmática e de quase-verdade que nos ajudarão a medir o grau de plausibilidade de uma inferência indutiva. Por ?m, usaremos estes conceitos para também tratarmos de sentenças vagas. Assim, podemos tratar de situações em que as premissas e a conclusão de certas regras possam comportar alguma incerteza, ou vagueza, mas que a elas se possa conferir algum grau de con?abilidade. Utilizaremos um tipo de lógica paraconsistente, chamada de lógica anotada, para tratar a questão e proporemos uma regra de inferência, além da Regra da Cautela, já proposta por da Costa e Krause em (DA COSTA; KRAUSE, 2002). Hume supported in his enquiry that we are not authorized by reason to make inductive inferences and many were those who tried to refute this statement (SALMON, 1979; BLACK, 1975). We do not intend to offer Hume an answer here, but we shall attempt to show that, although inductions are not valid inferences, they bring us plausible conclusions if we start with premises that are plausible as well and if we follow certain conditions. First, we will make use of da Costa's caracterization that says that a logic is "any class of canons of inference based on a system of categories" (DA COSTA, 1993, p.12) in order to try to show how it is possible to speak of inductive logics. To manage that, we will use this author's caracterization of induction as being an inference (relative to a give logic L ) that is not valid in L . Since, in general, there is no way to ensure the truth of the conclusions that are inductively gotten, even if each premise is known to be true, we shall associate the sentences envolved in the argument with a type of subjetivist probability, called pragmatic probability, that was developed by da Costa. Without going deep into details, we say that the pragmatic probability of a sentence is the degree of rational belief in the quasi-truth of this sentence and that its quasi-truth is how close the sentece gets to the "absolute truth". These two concepts, of pragmatic probability and of quasi-truth, will help us measure the degree of plausibility of an inductive inference. At last, we shall use these concepts to also deal with vague sentences. This way, we can deal with situations in which, although the premises and the conclusion of certain rules can bear some uncertainty, or vagueness, we can still assign them some degree of con?dence. We shall use a type of paraconsistent logic, called annotated logic, to deal with this matter and we shall offer an inference rule, besides the Warning Rule, already offered by da Costa and Krause in (DA COSTA; KRAUSE, 2002).
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/88888
Date: 2006


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