Comportamento morfodinâmico e granulometria do arco praial Pântano do Sul - Açores, Ilha de Santa Catarina, SC, Brasil

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Comportamento morfodinâmico e granulometria do arco praial Pântano do Sul - Açores, Ilha de Santa Catarina, SC, Brasil

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Title: Comportamento morfodinâmico e granulometria do arco praial Pântano do Sul - Açores, Ilha de Santa Catarina, SC, Brasil
Author: Oliveira, Ulisses Rocha de
Abstract: O arco praial Pântano do Sul # Açores representa uma típica praia de enseada, estando localizado no sul da ilha de Santa Catarina. Para analisar o comportamento morfodinâmico e a granulometria da praia, foi realizado um monitoramento de três perfis de praia, coleta de sedimentos e observação visual das ondas, com periodicidade mensal, durante um ano (agosto de 2002 e 2003). Também foram coletadas amostras extras no pós-praia entre o sistema Pântano do Sul # Açores e a praia vizinha da Solidão. O perfil 1, localizado no setor nordeste da praia, apresenta declividade de 2,38º, largura média de 54,49m e variação de volume de 3,95m3/m, sendo basicamente constituído de areias finas a muito finas (Mz=2,737 phi). Este setor é protegido da energia das ondas, apresentando altura característica de onda de 0,23m. O valor de ômega encontrado foi baixo (W=1,37), correspondendo ao estágio intermediário terraço de maré baixa de WRIGHT & SHORT (1984), embora o perfil 1 apresente algumas características de praias dissipativas. O perfil 2, situado no setor central, apresenta declividade de 4,23º, largura média de 40,30m e variação de volume de 4,96m3/m, sendo composto por areias finas (Mz=2,257 phi) muito bem selecionadas. O perfil 2 apresentou valor de ômega maior que o perfil 1 (W=2,59), correspondendo aos estágios morfodinâmicos intermediários barras transversais e rip e bancos e cavas rítmicos de WRIGHT & SHORT (1984), pendendo mais para o primeiro estado. O perfil 3, setor sudoeste da praia, apresenta declividade de 3,73º, largura média de 57,03m e variação de volume de 9,79m3/m, sendo composto por areias finas (Mz=2,268 phi). Apresenta altura característica de onda de 0,77m, com maior variabilidade no clima de onda. O perfil 3 apresentou o maior valor de ômega ente os perfis (W=3,70) correspondendo também aos estágios morfodinâmicos intermediários barras transversais e rip e bancos e cavas rítmicos de WRIGHT & SHORT (1984), pendendo para o segundo estágio. Em direção ao setor sudoeste da praia, a energia de onda aumenta. Os parâmetros morfométricos e o adimensional ômega respondem à essa variação. A granulometria, por exemplo, variou conforme a altura de arrebentação de onda. Ao longo do monitoramento, ocorreram períodos de erosão e acresção simultaneamente em todos os perfis, associados a baixa e alta energia de onda, períodos onde houve erosão no perfil 1 e acresção nos perfis 2 e 3 e períodos onde houve acresção no perfil 2 e erosão nos perfis 1 e 3. De uma forma geral, houve sazonalidade no estoque sedimantar do arco praial, com acresção no final da primavera e verão e erosão no outono e início do inverno, associado basicamente ao clima de ondas na região. Durante eventos de alta energia, a praia perdeu 28,23m3/m no estoque sedimentar no perfil 3, demonstrando, posteriormente, uma recuperação do estoque. A variação no estoque sedimentar subaéreo da praia pode também ser relacionada à presença de cúspides praiais e embaiamentos.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/87771
Date: 2004


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