Abstract:
|
Este trabalho trata, a partir de um enfoque multidisciplinar, da correlação entre gerência e liderança em dois momentos relevantes na História Moderna: a Revolução Industrial e a Revolução da Informação e da Comunicação. Observou-se que, em ambos os períodos, a liderança é evocada como ascendência motivada por fatores genéticos ou situacionais, distinguindo o líder de seus seguidores através de seu carisma e, desta forma, ressuscitando o mito do líder como guerreiro solitário. As teorias sobre liderança apontam para duas características daqueles que buscam posições de comando: a baixa necessidade de afiliação e a alta necessidade de poder. Na presente pesquisa, buscou-se identificar o desejo de poder absoluto com as características de dominância entre os primatas e demonstrar, pareando as teorias administrativas em pauta na Revolução Industrial e na atual, a inadequação de tais teorias, denominadas de Carismáticas e Neo-Carismáticas, para a época contemporânea. Em especial, de um lado, focaliza-se Taylor e a Administração Científica, como produto da Revolução Industrial, sob o ponto de vista das qualificações exigidas para o empregado; de outro, são contrapostas àquelas, as necessárias qualificações que compõem o perfil gerencial para uma realidade cuja a palavra de ordem é mudança. O resultado destas comparações, permite, - a partir de fundamentos teóricos da psicanálise de Freud, Klein, Bion, Bowlby e Di Loretto - afirmar que o novo perfil gerencial se compatibiliza, exclusivamente, com uma identidade potente - capaz de dar voz aos seguidores. |