Avaliação do pH e fluxo salivares em crianças infectadas pelo HIV e sua relação com a doença das glândulas salivares associada ao HIV e o índice de cárie dental

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Avaliação do pH e fluxo salivares em crianças infectadas pelo HIV e sua relação com a doença das glândulas salivares associada ao HIV e o índice de cárie dental

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Título: Avaliação do pH e fluxo salivares em crianças infectadas pelo HIV e sua relação com a doença das glândulas salivares associada ao HIV e o índice de cárie dental
Autor: Rath, Ines Beatriz da Silva
Resumo: Em crianças infectadas pelo HIV têm sido encontradas diversas manifestações estomatológicas. Dentre elas se destacam redução do fluxo salivar, alta prevalência e incidência da doença cárie e a doença das glândulas salivares associada ao HIV (DGS/HIV). Este estudo analítico transversal e de caso controle de base institucional teve como objetivo avaliar as alterações no pH e na taxa de fluxo salivar e sua relação com a DGS/HIV e o índice e atividade da doença cárie em crianças infectadas pelo HIV. A amostra foi composta por um grupo de estudo, constituído por 142 crianças infectadas pelo HIV, da faixa etária de 3 a 10 anos de idade, atendidas no Setor de Infectologia do Hospital Infantil Joana de Gusmão, Florianópolis, SC, Brasil, e por um grupo controle de 154 crianças sem história de infecção pelo HIV, atendidas no Curso de Odontologia da UFSC. A taxa de fluxo salivar em repouso (TFSR) foi mais baixa no grupo de estudo, com uma média de 0,39mL/min ± 0,32, variação de 0,0 a 1,4mL/min, do que no grupo controle, cuja média foi de 0,55mL/min ± 0,30, variação de 0,01 a 1,6mL/min (p< 0,0001). O pH, da saliva em repouso, não mostrou diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos e nem quanto à presença ou ausência de DGS/HIV. A população do grupo de estudo apresentou alta prevalência da doença cárie, com índice ceo-s e CPO-S médio de 19,98 e de 5,53, respectivamente, com uma média de 10 superfícies com lesões de cárie por indivíduo. No grupo controle, o ceo-s médio foi de 13,48 e o CPO-S de 1,76, com uma média de 4,4 superfícies com lesões de cárie por criança (p<0,0001). A doença cárie se manifestou em um maior número de indivíduos e com maior atividade e severidade de ataque nas crianças infectadas pelo HIV. A presença de DGS/HIV não mostrou diferença estatística com relação à prevalência da doença cárie e à TFSR. A alta prevalência de cárie mostrou associação, em ambos os grupos, com baixo fluxo salivar, hábitos alimentares irregulares e ausência de higiene bucal. O uso de terapia anti-retroviral e outros medicamentos, administrados por via oral em formulações contendo sacarose, representaram um fator adicional para o aumento da prevalência da doença cárie. Os exames de ultra-sonografia, realizados em 58 crianças infectadas pelo HIV, evidenciaram diferentes graus de envolvimento das glândulas parótidas. A DGS/HIV foi confirmada pelo exame de ultra-sonografia em 67,64% das crianças com história prévia e em 50% daquelas sem história, sugerindo que esta doença pode ter uma manifestação subclínica, o que poderia explicar a redução na taxa de fluxo salivar de indivíduos infectados pelo HIV. Os resultados deste estudo evidenciaram que o alto índice de cárie, observado nas crianças infectadas pelo HIV, apresentou relação com a falta de uma adequada atenção odontológica, com ênfase em medidas preventivas. O cirurgião dentista deve fazer parte da equipe que trata pacientes infectados pelo HIV, auxiliando no processo de diagnóstico precoce e tratamento das alterações do sistema estomatognático decorrentes desta infecção.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Odontologia.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/87429
Data: 2004


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