Abstract:
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Os Distúrbios Músculo-esqueléticos (DME) são, atualmente, um dos principais problemas de saúde ocupacional, sendo a dor lombar uma das mais evidenciadas. O posto de trabalho na postura sentada constitui um dos mais relevantes causadores deste agravo à saúde e acomete, principalmente, os trabalhadores do setor de informática. Dentro desse contexto, este trabalho teve como objetivo principal estudar os DMEs, com ênfase especial na dor lombar, e a sua relação com fatores sócio-demográficos, perfil ocupacional e fatores ergonômicos. O cenário para a pesquisa foi o Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina # CIASC, com a participação de 158 trabalhadores. Foram usados dois questionários do tipo survey e registros fotográficos dos postos de trabalho. O primeiro verificou a prevalência de DME e a caracterização da dor lombar. O segundo, questionário de Oswestry, avaliou as incapacidades geradas pela lombalgia. Os dados foram submetidos à análise estatística através do teste do qui-quadrado (c2), ANOVA e teste de Tukey. Os resultados deste estudo levantaram uma alta prevalência de DMEs, principalmente da região lombar, cervical e ombros. A prevalência destes distúrbios nos três meses anteriores ao início da pesquisa indicaram os seguintes percentuais: 43,67% coluna lombar; 37,34% ombro; 34,81% coluna cervical; 29,11% punho; 23,42% mão/dedos; 22,15% coluna torácica; 20,89% cotovelo/antebraço. Os membros inferiores obtiveram as menores prevalências: 17,09% joelhos/pernas; 15,82% tornozelos/pés; 5,7% coxa. Na inferência estatística entre dor lombar e as demais variáveis somente a cadeira e o rodízio da mesma obtiveram dependência estatística. Na análise das posturas e ações gestuais, encontrou-se a presença de movimentos repetitivos, má postura de trabalho, permanência prolongada na posição sentada, mobiliários e assessórios inapropriados, principalmente, cadeiras. Todos estes fatores aparecem associados à grande prevalência de DME. |