Abstract:
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O que é possível fazer a partir de uma escritura ainda sem território, como a de Arthur Veríssimo? Essa é a pergunta que motiva essa pesquisa. Definindo o território, a partir da divisão entre uma margem sensata (que tem como parâmetros a Literatura Beat e o Novo Jornalismo, na figura de Hunter Thompson) e outra transgressora (que coloca esses dois domínios, literatura e jornalismo, em relação desde um ponto externo a ambos), o que se faz com a escritura de Veríssimo é atravessá-la de conceitos ulteriores, mas possibilitados por ela, e observar suas reações, suas precipitações, os fluxos que são emitidos e que podem ser captados, ainda como fluxos, ou estabilizados segundo algum novo território. O movimento simultâneo de desterritorialização e reterritorialização a faz ecoar uma tradição e, ao mesmo tempo, a despe dessa filiação, para colocá-la num novo espaço, que a faça emitir os fluxos de que essa pesquisa se servirá para estabilizá-la num novo domínio, o de uma literatura menor. Enfim, trata-se da cartografia de uma região do porvir, utilizando a noção de "experimento", sugerida por Deleuze e Guatarri, propondo uma leitura não valorativa, ou o uso expressivo de uma escritura. |