Abstract:
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Os mercados, produtos e serviços, em constantes modificações, têm forçado as organizações empresariais a adotarem posturas que antecipem às mudanças, ou que, no mínimo, se adaptem a elas. Diante desse cenário, as empresas, de uma maneira geral, têm-se dado conta que é perigoso atuar de forma reativa a eventos e procuram formas de influenciar seu futuro. Isso tem acontecido em menor escala na Indústria da Construção Civil, porém alguns casos já podem ser observados. Sendo assim, a presente tese trata do estudo dos elementos influenciadores da competitividade no sub-setor de construção de edifícios, abordando a relação entre as empresas construtoras e as empresas empreiteiras de mão-de-obra. Na construção da proposta de análise, usou-se o Estudo da Firma no Setor, com sua abordagem nas condições objetivas, na arena cognitiva e na rede colaborativa, somando-se ao Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira, levando-se em consideração os fatores internos à empresa, os estruturais do setor e os sistêmicos. A aplicação dessa proposta permitiu analisar como se dão as interações entre as construtoras e as empreiteiras, e seus reflexos na competitividade do sub-setor edificações. A pesquisa foi desenvolvida com doze empresas que atuam na Região da Grande Florianópolis, sendo seis construtoras e seis empreiteiras de mão-de-obra. Verificou-se que a proposta do estudo mostrou ser consistente o suficiente para tratar a complexa "rede" da ICC e as questões intrínsecas a ela. Como resultado geral, observa-se que, quando estruturada de forma adequada, a subcontratação de serviços proporciona maior flexibilidade à empresa construtora, tornando-a mais ágil no mercado, além de justificar a necessidade das empreiteiras de mão-de-obra buscarem maior capacitação técnica, o que poderá proporcionar maior competitividade no sub-setor de edificações. |