Abstract:
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Esta pesquisa apresenta e analisa como está estruturado o processo de cooperação universidade/empresa nas universidades públicas brasileiras. Os resultados da indicam que a cooperação está presente em todas as instituições pesquisadas, contudo, está fragmentada nas diversas áreas do conhecimento, é pouco estruturada, é exercida tendo como parâmetro às peculiaridades da instituição e da demanda do setor empresarial em que está inserida, em função do modelo, da vocação e das características regionais e ideológicas predominantes. Apontam, ainda, para o surgimento de uma nova universidade, muito mais aberta, interativa e empreendedora, em todas as suas frentes de atuação. O estudo evidencia que as universidades envolvidas beneficiam-se da parceria, não apenas pelo retorno financeiro, que lhes permite melhorar suas instalações, comprar novos equipamentos e manter seus laboratórios, mas, sobretudo, pelo retorno no aprendizado resultante do envolvimento do professor e dos alunos com a realidade do mercado, e no incremento da pesquisa, com retornos efetivamente significativamente para as empresas e a sociedade em geral. Consolida-se a ênfase teórica de que a universidade somente poderá cumprir seus princípios e finalidades se tiver liberdade para produzir, sistematizar e colocar em prática seus projetos educacionais, sem qualquer interveniência externa. Fica evidente, a necessidade de uma reestruturação em níveis globais nas instituições, pois, a cooperação se mal-conduzida pode interferir no comportamento dos envolvidos e por em risco funções precípuas da universidade. A implementação desse novo modelo permite as instituições entrarem na contemporaneidade, alinhadas com os caminhos do mundo globalizado e sem fronteiras, da era do conhecimento virtual e das idéias compartilhadas. Fica evidente, que a parceria só acontece efetivamente, a partir da atuação de pelo menos três segmentos o Estado, a Universidade e o Setor Produtivo. A falta de um desses elementos inviabiliza o processo. A cooperação, seguindo determinados parâmetros operacionais, apresenta-se não como uma panacéia, que resolverá todos os problemas financeiros da universidade, mas serve como um mecanismo capaz de minimizar a crise financeira da universidade e estreitar suas relações com o meio, contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do país, e propiciar um diálogo mais direto e profundo com a sociedade. |