Cárie dentária e desigualdade social: um estudo ecológico

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Cárie dentária e desigualdade social: um estudo ecológico

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Título: Cárie dentária e desigualdade social: um estudo ecológico
Autor: Paula, Elizabeth Soares de
Resumo: Estudar a relação entre a cárie dentária e condições socioeconômicas estruturais de 111 municípios do Estado de São Paulo. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico. Foram obtidos o Índice de Condição de Vida de 1991 para cada um dos municípios pesquisados. Os indicadores de prevalência e severidade da cárie, relativos as crianças de 12 anos de idade foram obtidos do levantamento Epidemiológico em Saúde Bucal realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e Faculdade de Saúde Pública da USP, em 1998. Foram realizadas análises de correlação e regressão linear múltipla para a obtenção de modelos de regressão que melhor explicassem a variância dos três principais desfechos do estudo: a prevalência de cárie dentária, o índice CPO-D e o índice C/CPO-D (relação entre o número de dentes cariados e o índice CPO-D). Resultados: Observou-se um maior CPO-D nos municípios que não possuíam água fluoretada. O CPO-D mostrou-se altamente correlacionado à prevalência de cárie (0,848), enquanto o índice C/CPO-D não mostrou correlação nem com a prevalência de cárie, nem com o índice CPO-D. A prevalência de cárie e o índice CPO-D mostraram uma correlação mais forte com o indicador educação. Isto não foi observado para o índice C/CPO-D cuja mais alta correlação se deu com o indicador infância e habitação, sugerindo que a falta de acesso ao serviço seria melhor explicada pelas condições de vida dos municípios. Os indicadores socioeconômicos que melhor explicaram a variância da prevalência de cárie (52%) foram os relativos à educação e à infância. Para o índice CPO-D obteve-se o modelo final que explicou 48,71% da variância, com as variáveis presença de flúor, educação e infância. Com relação ao índice C/CPO-D, parte da variância foi explicada por um conjunto mais diversificado de variáveis socioeconômicas como as relativas à infância, à renda e à habitação. Os resultados mostraram significativa correlação negativa entre as três variáveis dependentes e grande parte dos indicadores socioeconômicos, indicando que os municípios que apresentaram piores Índices de Condição de Vida, apresentaram piores níveis de prevalência e severidade de cárie dentária. Conclusões: Os resultados mostraram uma correlação significativa entre cárie dentária e indicadores socioeconômicos nos 111 municípios estudados. Sugere-se, que nos municípios que apresentaram baixos Índices de Condição de Vida, devam ser priorizados no planejamento e programação em saúde bucal objetivando a equidade no acesso aos serviços odontológico e prioridade nas ações preventivas e educativas
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/83273
Data: 2002


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