Abstract:
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As atividades docentes de nível superior vêm sofrendo pressões em virtude de amplas mudanças pelas quais a sociedade tem passado, e que também afetam as experiências de trabalho e seus significados, o que gera impactos na saúde mental dos indivíduos. O trabalho do professor já foi visto como função de alto valor, garantindo status em toda sociedade. Nos últimos tempos, essa atividade, cada vez mais, perde seu status, inserindo o professor num sistema capitalista de trabalho e submetendo-o à mesma forma de exploração que os trabalhadores em geral: instabilidade no emprego, ritmo intenso de trabalho e extensas jornadas de trabalho. O objetivo desta pesquisa foi identificar as diferenças entre as variáveis de qualidade de vida no trabalho, de estresse e de saúde mental do professor universitário, de instituições públicas e privadas em Belo Horizonte - MG. Visando a tal objetivo, realizou-se uma pesquisa descritiva e comparativa, de enfoque quantitativo e qualitativo, através de survey. A amostra foi constituída por profissionais de dez cursos superiores (Ciência da Informação/Computação, Comunicação, Direito, Fisioterapia, Geografia, História, Letras, Matemática, Psicologia, Pedagogia) de três instituições de ensino superior: uma universidade pública federal, uma universidade privada confessional e um centro universitário privado, todos situados na cidade de Belo Horizonte (MG). Na coleta de dados, priorizaram-se questionário e entrevista. Os principais tópicos levantados e analisados dizem respeito à percepção do professor quanto à natureza de suas atividades, relações que desenvolve para desempenhá-las e seus impactos no cotidiano pessoal e profissional. Por fim, fazem-se recomendações para academia, instituições de ensino e docentes. |