O processo de adaptação da estrutura organizacional do Banco Central do Brasil no período 1964-2000

Abstract

O referencial teórico enfatiza conteúdos relativos a essa área de interesse da investigação, tratando das organizações, das estruturas organizacionais, das estratégias organizacionais, do poder nas organizações e do ambiente organizacional, que constituem a base teórico-conceitual necessária à compreensão dos fatos estudados. A pesquisa, de cunho qualitativo, exploratória e explicativa, apóia-se em estudo de caso para analisar os fatos relevantes que determinaram as diferentes configurações estruturais adotadas pela Instituição nos diversos momentos identificados no período que abrange, praticamente, toda a sua existência. Os resultados, se mostraram adequados às abordagens e modelos teóricos utilizados, revelando que, na adaptação de suas estruturas, geralmente precedidas das correspondentes estratégias, o Banco Central do Brasil, no período estudado, passou por um processo no qual intervieram fatores exógenos (mudanças ambientais) e fatores endógenos (mudanças internas). Entre os Stakeholders identificados, os mais relevantes no período foram o Governo Federal (como parte do ambiente geral) e o Sistema Financeiro Nacional (como parte do ambiente operacional). Diferentemente do que se supunha inicialmente, as grandes alterações na política econômica do Governo Federal (especialmente os planos de estabilização heterodoxos, aplicados entre 1986 e 1994) não se constituíram em elementos determinantes de mudanças na estrutura organizacional do Banco, no período examinado.