Obtenção de novas moléculas com atividade analgésica e antiinflamatória a partir de plantas medicinais brasileiras

Abstract

O presente trabalho descreve os resultados fitoquímicos e farmacológicos obtidos a partir de três plantas medicinais brasileiras: Mandevilla illustris, Rubus imperialis e Sebastiania schottiana. Utilizando-se procedimentos cromatográficos e espectroscópicos, foram isolados e identificados vários compostos de interesse químico-medicinal como: ácido cafeico, illustrol, heterosil illustrol, acetil illustrol, ácido tormêntico, ácido-23-hidroxi tormêntico, Niga-ichigosídeo F1, xantoxilina, 2,4-dihidroxi-6-metoxi-acetofenona, ácido protocatético, quercetina e luteolina. Experimentos de raio-x permitiram conhecer a fórmula isomérica e determinar a unidade incomum 8-metil-2,5,9-trioxatriciclo[4.2.1.0 3,7] nonano, do acetil illustrol. Alguns destes compostos revelaram importante ação antiedematogênica, inibindo a formação de edemas de pata de ratos causados pela dextrana, carragenina e bradicinina, quando injetados localmente. Quando avaliados frente a dois modelos de dor em camundongos: formalina e contorções abdominais, alguns foram mais efetivos do que alguns fármacos analgésicos usados clinicamente (aspirina e paracetamol). Estes resultados são importantes sob o ponto de vista medicinal, visto que alguns compostos ativos foram detectados nas plantas estudadas, os quais confirmam em parte o uso popular no tratamento de processos dolorosos e inflamatórios