Bioinspiração: Explorando os Níveis de Adaptação na Natureza para a Inovação em Design

Abstract

A evolução da natureza perdura por 3,8 bilhões de anos e oferece soluções eficientes e sustentáveis utilizando apenas os recursos necessários. O presente estudo esclarece as terminologias Bionic, Biomimetic e Biomimicry e define três níveis de adaptação para inspiração nas estratégias de organismos da natureza: morfológica, fisiológica ou funcional, e comportamental. Destaca-se o complexo movimento interno entre diferentes elementos que possibilitam a adaptação do nível micro à macroestrutura de um dado organismo. Exemplifica-se os níveis de adaptação em projetos de referência bioinspirados como tinta resistente a manchas, módulo para fachadas cinéticas e o aprendizado com o crescimento evolutivo do bolor limoso para o planejamento urbano (experimento sobre o metrô de Tóquio). O projeto E-seed contempla os três níveis, sendo inspirado na semente Erodium e proporcionando solução para o reflorestamento automatizado. Conclui-se que os designers podem adotar níveis isolados ou explorar a complexidade das inter-relações entre os distintos níveis de adaptação para impulsionar a inovação.

Nature's evolution lasted 3.8 billion years and offers efficient and sustainable solutions by utilizing only the necessary resources. This study clarifies the terminologies Bionic, Biomimetic, and Biomimicry and defines three levels of adaptation for inspiration from nature's strategies: morphological, physiological or functional, and behavioral. We highlight the complex internal movement between different elements that enable adaptation from the micro to the macrostructure of a given organism. We exemplify the levels of adaptation in bioinspired reference projects such as stain-resistant paint, modules for kinetic facades, and the learning from the evolutionary growth of slime mold for urban planning (experiment on the Tokio subway system). The E-seed project encompasses all three levels, inspired by the Erodium seed and providing a solution for automated reforestation. We conclude that designers can adopt isolated levels or explore the complexity of the interrelations between the distinct levels of adaptation to drive innovation.