Entre memórias e ervas daninhas: delicados encontros multiespécies

Abstract

Este trabalho é um convite a um olhar sensível para Biologia, através das paisagens multiespécie. Proponho um encontro apaixonado com as ervas daninhas, que compõem nosso cotidiano e como elas são capazes de nos fazer pensar nas existências mínimas através de um olhar menos hierárquico e antropocentrista. A partir do meu encontro com as inspirações estéticas de Walmor Corrêa e Emily Dickinson e das inspirações literárias de Anna Tsing, Maria Esther Maciel, Clarice Lispector e Eduardo Silveira percebi que devia me reencontrar com as plantas de minha história, ir para além das vivências nas disciplinas de Botânica. A força destas plantas levam a um encontro com a arte e a educação que são expressos através de um herbário afetivo composta por ervas daninhas da infância, composições em aquarela e escrita de microcontos e haicai.

This work is an invitation to a sensitive look at Biology, through multispecies landscapes. I propose a loving encounter with the weeds, which make up our daily lives and how they are capable of making us think about minimal existences through a less hierarchical and anthropocentric perspective. From my encounter with the aesthetic inspirations of Walmor Corrêa and Emily Dickinson and the literary inspirations of Anna Tsing, Maria Esther Maciel, Clarice Lispector and Eduardo Silveira, I realized that I had to reconnect with the plants of my history, go beyond the experiences in Botany subjects. The strength of these plants lead to an encounter with art and education that are expressed through an affective herbarium composed of childhood weeds, watercolor compositions and writing of microstories and haiku.