Uso in vitro de bacteriófagos associados a antibióticos visando controle de Pseudomonas aeruginosa

Abstract

A antibioticoterapia foi um grande marco para a saúde mundial, possibilitando diversos tratamentos, porém com o tempo e o uso indiscriminado destes fármacos encontramos um novo desafio que vem causando diversos transtornos para os procedimentos padrão ao combate de bactérias patogênicas, que refere-se a resistência aos antimicrobianos. Desta forma constata-se a necessidade de novos métodos para tratamento desses microrganismos, sendo uma das alternativas o uso de bacteriófagos como agentes antimicrobianos, além disso, vê-se a possibilidade de se utilizar tratamento combinado entre bacteriófagos e os antibióticos. Neste foram testadas as metodologias, disco-difusão para a análise do perfil de resistência das cepas ATCC 27853 e clínica de Pseudomonas aeruginosa e para a avaliação da eficácia da terapia combinada foi realizada a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) dos antibióticos: ampicilina e cloranfenicol com bacteriófagos: PAT4, PAPB5, PAS2, PAPB7 e PAPB2 pelo método de microdiluição em caldo, utilizando-se caldo Müeller-Hinton com cátions-ajustados. Os resultados referente ao perfil de resistência da P.aeruginosa cepas ATCC e clínica apresentaram uma resistência a 92,3% dos antibióticos utilizados. Com relação aos antibióticos usados para tratamento de bactérias gram-negativas a cepa ATCC apresentou resistência a 70% e a cepa clína 60% dos antibióticos, o qual já era um resultado esperado de acordo com o seu perfil resistente. Quanto aos resultados observados em meio líquido pela CIM, foi comprovado uma melhora na eficácia dos tratamentos, tendo resultados sinérgicos em 80% nas cepa ATCC e 70% na cepa clínica, sendo que apenas 10% dos resultados em ATCC foram de carater indiferente e 30% indiferente na cepa clínica, não apresentando nenhum efeito antagônico durante os testes. O antibiótico ampicilina que não havia apresentado eficácia contra o patógeno teve uma boa mudança na sua CIM, apresentando então resultados bastante promissores para uma terapia combinada entre bacteriófago e antibiótico, o qual pode ser um grande avanço para os atuais problemas de resistência bacteriana enfrentados na saúde mundial.