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Introdução: A gestação, parto e puerpério são processos fisiológicos do ciclo reprodutivo 
feminino. Algumas mulheres, no entanto, podem desenvolver complicações que evoluem para 
condições ameaçadoras à vida e, assim, necessitam de cuidados intensivos e internação em 
terapia intensiva. O acesso e a qualidade da assistência impactam diretamente nas taxas de 
admissão e desfecho clínico. Objetivo: Identificar e apresentar informações disponíveis em 
publicações científicas sobre a internação de gestantes e puérperas em unidade de terapia 
intensiva em termos de características demográficas, socioeconômicas e obstétricas, motivo 
da internação, cuidados críticos e desfecho no contexto de saúde brasileiro. Método: revisão 
de escopo conduzida de acordo com o Joanna Briggs Institute. A formulação da questão de 
pesquisa e do objetivo respeitaram o acrônimo PCC. Foram selecionados estudos em 
português, inglês e espanhol, publicados entre 2016 e 2023, em oito fontes de dados, em que 
os participantes eram gestantes e/ou puérperas internadas em terapia intensiva no Brasil. A 
seleção foi realizada por pares, de modo independente com a utilização do software Rayyan®. 
A extração de dados foi realizada por meio de formulário estruturado pelo pesquisador 
principal. Os resultados foram apresentados por meio de quadros de acordo com as 
recomendações do Joanna Briggs Institute e o checklist do PRISMA-ScR. Resultados: A 
busca identificou 2017 estudos, destes, 31 foram considerados elegíveis para leitura na íntegra 
e 19 foram incluídos na revisão de escopo. Houve predomínio de publicações nos anos de 
2019 e 2020, tendo a medicina como disciplina de origem, localizados na região nordeste, 
pesquisas transversais, com gestantes e puérperas como participantes. Conclusões: Puérperas 
submetidas à operação cesariana, seguido de gestantes no terceiro trimestre, multíparas, com 
idade entre 19 e 34 anos, baixo nível de escolaridade e pardas representaram maior parte das 
internações. Os principais motivos para a internação foram as síndromes hipertensivas, 
hemorragia pós-parto e sepse. Dentre os cuidados críticos, foram mais frequentes suporte 
ventilatório, uso de drogas vasoativas, transfusão sanguínea e procedimentos cirúrgicos, 
principalmente interrupção da gestação. Grande parte das mulheres se recupera, com alta da 
terapia intensiva para níveis de menor complexidade, no entanto, uma pequena parcela teve 
como desfecho o óbito materno. | 
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