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O presente estudo é referente ao projeto contemplado com a bolsa do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e vinculado ao Grupo de Pesquisa em Exercício Clínico (GPEC), coordenado pelo Professor Dr. Rodrigo Sudatti Delevatti. Tem como objetivo analisar o comportamento da carga externa (CE) e interna (CI) em um treinamento multicomponente (equilíbrio, aeróbio e força) em pacientes severamente prejudicados pela COVID-19. Trata-se de um recorte de um ensaio clínico randomizado, controlado, com um grupo intervenção que realizou o treinamento por 24 semanas, as quais foram divididas em duas fases, sendo a primeira composta por dois mesociclos com progressão de volume e a segunda por três mesociclos, com progressão em intensidade. A amostra foi composta por homens e mulheres (>18 anos de idade) que foram infectados por COVID-19, com quadros moderados ou graves na fase aguda da doença, ou não internados que apresentavam fadiga crônica. Na primeira fase foram avaliadas como CE a velocidade média, distância percorrida e repetições de agachamento e, como CI, a Percepção Subjetiva de Esforço da Sessão (PSE-s), e na segunda fase mudou as repetições de agachamento para a carga no Leg Press (em barras). A comparação dos dados de carga entre os mesociclos e as médias dos microciclos foi realizada pelo teste t de Student para amostras pareadas e ANOVA de medidas repetidas, com α: 0,05. Participaram 12 indivíduos (55,5 ± 15,4 anos; 7 mulheres). Na primeira fase, quando comparados os mesociclos, nota-se a diminuição da PSE-s (p=< 0,001) e da velocidade média (p=0,020) e o aumento da distância percorrida (p=0,025); já na segunda fase, há o aumento da carga no Leg Press (p=0,001) e a diminuição da distância percorrida (p=0,003) e da PSE-s (p=0,001). Quando analisadas as médias dos microciclos, percebe-se que há o aumento da velocidade média em ambas as fases (fase 1, p=0,014; fase 2, p=0,047) e o aumento da carga no Leg Press (p=<0,001) na segunda fase. A partir dos resultados obtidos, nota-se a diminuição da carga interna ao longo dos mesociclos, indicando uma adaptação dos indivíduos ao treinamento proposto, e a variação de algumas variáveis de carga externa, o que está relacionado a outros fatores de prescrição para manter a PSE proposta. Ainda, o estudo reforça a significância do monitoramento de cargas para as populações clínicas, e não somente para atletas, justamente porque uma prescrição incorreta poderá agravar a condição de saúde daqueles indivíduos, sendo de extrema importância que se tenha o conhecimento das respostas do indivíduo ao estímulo proposto. |
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