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Desde que iniciou suas atividades, em 1984 (há 38 anos), o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) realizou 321.540 atendimentos de suporte ao diagnóstico e tratamento de intoxicações. No ano de 2022 foram realizados 20.748 atendimentos, dos quais 20.340 (98,0%) foram casos de exposição humana, 88 (0,4%) casos de exposição animal e 320 (1,5 %) solicitações de informação, sem a existência de vítima exposta. Houve um aumento de 4,4% em relação aos atendimentos do ano de 2021. Além do atendimento, foram realizados 21.207 acompanhamentos de casos até o seu encerramento. Como atividades de educação e ensino, além das participações em congressos e palestras, o CIATox/SC ofereceu estágios para acadêmicos das Residências Multiprofissional e de Urgência e Emergência e, na Graduação, para os Cursos de Medicina, Farmácia, Biologia e Design. Os grupos de agentes responsáveis pelo maior número de atendimentos foram os Medicamentos (35,2%) seguidos pelos Animais Peçonhentos/Venenosos (21,8%). A maioria das solicitações foi proveniente do Estado de Santa Catarina, sendo 23,2% da macrorregião da Grande Florianópolis. Os meses quentes são os de maior ocorrência de atendimentos, principalmente em decorrência do aumento do número de casos de animais peçonhentos. A maior parte das solicitações foi realizada por profissionais da área da saúde (90,7%), principalmente médicos (82,2%) provenientes de Hospitais (56,1%), Unidades de Pronto Atendimento (24,5%) e Unidades Básicas de Saúde (7,5%). Ligações telefônicas das residências ocorreu em 8,7% dos casos. Em relação aos humanos a exposição ocorreu principalmente nas residências (79,1%). A distribuição dos casos humanos por gênero foi superior no gênero feminino (55,2%) em relação ao masculino (44,8%). Observa-se a predominância das exposições na faixa etária das crianças de 1 a 4 anos e nos adultos jovens de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos. A principal circunstância de exposição foi acidental (46,7%), seguida das tentativas de suicídio (31,7%) e de acidente ocupacional (4,8%). A via oral foi a mais frequente, ocorrendo em 48,4% dos casos; seguida da mordida/picada ou contato com animais peçonhentos ou não peçonhentos (33,6%). Conforme a Classificação de Gravidade Final e o escore de gravidade de intoxicações (Poisoning Severity Score – PSS) os casos foram classificados como gravidade final: leve (72,5%), seguida pela nula (3,4%), grave (1,9%), moderada (1,4%), e fatal (0,3%). Na maior parte dessas exposições o paciente apresentou-se curado (54,8%). Ocorreram 65 óbitos no total de 20.340 casos humanos atendidos (0,3%). Destes, 45 casos (0,2%) foram óbitos relacionados à intoxicação e 20 casos (0,1%) foram óbitos por outra causa. |
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