Uso de Identificadores Únicos Descentralizados para Gestão De Dispositivos IoT No Contexto Da Computação Forense

Abstract

A Internet das coisas é um paradigma que se refere a uma malha de dispositivos conectados. Derivado do termo em inglês Internet of Things e comumente reduzido à sigla IoT, esta rede de dispositivos concerne à junção de inúmeros objetos interligados sobre um protocolo de telecomunicação comum. Neste contexto, trabalhando-se com uma malha robusta de nodos onde a comunicação deve ser feita de forma leve e efetiva, os dados trocados acabam sendo comunicados por meio de protocolos normalmente inseguros.

Computação forense, por sua vez, é definida como “a área da Ciência da Computação que se desenvolve gradualmente para atender à demanda oriunda da criminalística”. Neste contexto, é necessário que exista controle sobre a identificação de provas digitais, para que os dispositivos móveis e embarcados envolvidos em uma cadeia de evidências sejam devidamente identificados e preservados.

Neste sentido, um sistema de identidade soberana torna-se uma das principais formas de garantir a autenticidade de um sujeito, pois permite a identificação de um usuário ou dispositivos de forma distribuída. Este é um conceito que pode, através de identificadores descentralizados únicos, DIDs, ser adaptado de forma a prover um processo de identificação digital seguro para todos os nodos de uma rede de dispositivos IoT. A blockchain é um recurso chave, pois permite a implementação desta estrutura, em que a descentralização caracteriza o elemento chave para garantir a segurança do sistema.

Dentro do ambiente de computação forense, é necessário garantir com máxima assertividade a autenticidade de todos os elementos do sistema. Portanto, este trabalho tem como objetivo a construção de um sistema de identidade digital descentralizada, baseado em uma construção de blockchain, para garantir propriedades de autenticidade e confiança nos nodos envolvidos no trânsito de evidências.