Estratégia para promoção da saúde mental de crianças e adolescentes na atenção primária em um centro de saúde do município de Florianópolis

Abstract

Introdução: no Brasil crianças e adolescentes possuem respaldo legal para ser tratado de forma prioritária nos meios sociais, na área da saúde isso não poderia divergir, e cabe a todos os profissionais da área o acolhimento das demandas trazidas por esse público. No âmbito da saúde mental, crianças e adolescentes têm se destacado no desenvolvimento de transtornos mentais e comportamentais. Cerca de 20% de crianças e adolescentes brasileiros possuem diagnóstico de algum transtorno, esse número pode ser ainda maior quando avaliados os sem diagnósticos ou com subdiagnóstico. Para além dos diagnósticos e dos atendimentos especializados se faz necessário entender as condutas adotadas pela Atenção Primária à Saúde considerando que esta tem papel de destaque na inserção do usuário ao sistema, pensando nisso e no enfoque em promoção da saúde, característico da atenção primária, definiu-se o objetivo: identificar as estratégias de promoção da saúde mental de crianças e adolescentes desenvolvidas por profissionais da Estratégia de Saúde da Família na Atenção Primária à Saúde em um Centro de Saúde do município de Florianópolis/SC/Brasil. Método: estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa, tendo como participantes 11 profissionais das Equipes de Estratégia de Saúde da Família. Os dados foram coletados com uso de questionário de outubro de 2022 até março de 2023. Os dados foram organizados e analisados seguindo as técnicas e Bardin (2016). Resultados: foram encontradas 3 categoriais, sendo elas: Demandas de saúde mental de crianças e adolescentes; Conhecimento de estratégias de promoção da Saúde mental de crianças e adolescentes; Percepção dos profissionais quanto às estratégias necessárias para promoção da saúde mental de crianças e adolescentes. Considerações finais: a atenção primária exerce papel fundamental no que diz respeito a promoção da saúde, porém em se tratando de crianças e adolescentes, em especial na saúde mental, existem poucas estratégias voltadas para essa atuação. Acredita-se que este fato ocorra devido ao fato de os profissionais da atenção primária entenderem os serviços especializados como responsáveis por toda e qualquer demanda voltada a esta área. Constatou-se pouca interlocução entre os serviços.

Não foram encontradas justificativas teóricas para a dificuldade de entrosamento, mas compreende- se que apesar dela, cabe aos profissionais de saúde fomentar condutas. O enfermeiro tem a

capacidade de gerenciar e fomentar ações a partir da identificação das necessidades da comunidade buscando o atendimento efetivo das demandas de seu território em parceria com os demais profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família.