Controle químico de placa bacteriana em pacientes com deficiência intelectual: uma revisão de literatura

Abstract

Em Odontologia, os pacientes com necessidades especiais possuem um maior índice de doenças bucais como cárie e doença periodontal quando comparados com a população em geral. Isso se deve à dificuldade de manter um controle de placa dentária satisfatório, que ocorre por diversas razões. O objetivo deste trabalho foi apresentar uma revisão de literatura sobre o controle químico de placa dentária em pacientes com deficiência intelectual, levantando as opções de substâncias químicas, variação das concentrações utilizadas e possibilidades de veículos de aplicação que melhor se adequam aos serviços de saúde e aos pacientes, e ainda, se devem ser usadas como estratégia única ou complementar ao controle mecânico. Trinta e sete artigos foram incluídos na revisão de literatura, após levantamento nas bases de dados de interesse. A clorexidina foi a substância química mais citada, sendo o spray considerado o veículo de aplicação mais aceito pelos pacientes, pais e/ou cuidadores. A concentração não segue uma padronização, mas 0,12% parece ser eficaz e com menor risco de efeitos adversos.

In dentistry, patients with special needs have a higher rate of oral diseases such as caries and periodontal disease when compared to the general population. This is due to the difficulty in maintaining control of bacterial plaque, which occurs for several reasons. The objective of this work was to present a review of the literature on the chemical control of bacterial plaque in patients with intellectual disabilities, raising the options of chemical substances, variation of concentrations used and possibilities of application of vehicles that best suit health services, and should also be used as a single strategy or as a complement to mechanical control. After surveying the databases of interest, thirty-seven articles were included. Chlorhexidine was the most cited chemical substance, with the spray being considered the most accepted application vehicle by patients, parents, or caregivers. The concentration does not follow a standardization, but 0.12% seems effective and has a lower risk of adverse effects.