|
Description:
|
No Brasil o acelerado processo de urbanização derivado da migração do campo para a cidade impacta de sobremaneira as bacias urbanas, que carentes de uma regulação específica como, por exemplo, Planos de Drenagem Urbana, têm sua dinâmica hídrica completamente alterada quando comparada com uma bacia rural. Essa acelerada migração gera uma série de fragilidades nas mais diversas áreas sociais, como saúde, habitação, educação, segurança, dentre outras. Diante das características prementes dessas fragilidades, por certo, a drenagem urbana fica “negligenciada” a um plano secundário. Assim, acorrentada a esse processo está a ocupação de áreas frágeis como planícies de inundações e encosta de morros, canalizações e retificação de cursos naturais de águas, desmatamento, impermeabilização excessiva do solo que juntos produzem significativas mudanças no ambiente natural e, por conseguinte, no escoamento das águas das chuvas. Entre as mudanças produzidas, destacam-se de forma negativa as inundações. A presente dissertação tem por fito descrever os caminhos para inserir um novo “modus operandi” na gestão do escoamento das águas pluviais na bacia hidrográfica do Rio Itapocu, que venha contribuir na harmonização do ambiente construído e do meio natural. Com recursos advindos da engenharia civil, florestal, ambiental, sanitária, ciências sociais e ainda arquitetura, propõe-se uma metodologia para definição da taxa de permeabilidade mínima que associada à hierarquização de medidas compensatórias, notadamente, ao dimensionamento de uma trincheira de infiltração, efetiva o controle do escoamento aos moldes da bacia florestada, pré-urbanização. Alicerçado nas filosofias da drenagem urbana sustentável e do “Small is Beautiful” ou “O pequeno é maravilhoso”, esse “modus operandi” apresenta como resultados, tendo por base os dados do maior município da bacia, Joinville, uma economia pretérita – 1990 a 2013, da ordem de R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil de reais) e presente de cerca de 70% por lote na implantação do sistema de drenagem. Advoga ainda, no sentido da atualização da NBR 10.844/1989 contemplando o princípio da drenagem urbana sustentável em sua vertente “controle na fonte”. |
