desenhando zumbidos: Florianópolis sob o olhar dos vigiados

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desenhando zumbidos: Florianópolis sob o olhar dos vigiados

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina. pt_BR
dc.contributor.advisor Paris, Alcimir José de
dc.contributor.author Silva, Marcus Vinicius da
dc.date.accessioned 2023-03-09T14:52:43Z
dc.date.available 2023-03-09T14:52:43Z
dc.date.issued 2023-03-08
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/244987
dc.description TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Arquitetura. pt_BR
dc.description.abstract Sendo uma pessoa negra, vivendo no sul do Brasil, fruto de uma união interracial, criado apenas com a parte branca da família, cresci com um “zumbido”, um incomodo permanentemente em plano de fundo que me lembrava que aquele não era o meu lugar. Por mais que estivesse na minha família nunca me vi ali, de certa forma, essa sensação se expande para os arredores, não me vejo nas ruas, nas lojas, nos outdoors, na tv. As vezes, dependendo do horário e local, me vejo nas esquinas, deitado em um papelão estendido no chão úmido da cidade, pedindo por ajuda nas praças, vivendo nos locais de mais dificil acesso… Algo sempre me avisou que em alguns lugares não deveria estar, que minha presença, mesmo que passageira não era bem vinda, olhos me vigiavam. Em 2012 fiz uma viagem para Vitória, capital do estado do Espírito Santo, já havia saído do meu estado natal (SC) anteriormente, porém ainda não havia experienciado as sensações que a capital mais ao norte do Sudeste brasileiro conseguiu me causar, o zumbido se calou, me senti pertencente. É no mínimo curioso cruzar 1300km para o norte do Brasil para finalmente, me sentir pertencente a um lugar, mas eu um jovem negro nascido no litoral catarinense, estado esse com apenas 15,5% da população autodeclarada negra ou parda, segundo o censo do IBGE de 2010, vi em Vitória, cidade com 57% da população autodeclara negra ou parda, um lugar que me reconhecia. Não acredito que esse sentimento venha apenas pelo número de pessoas negras que passavam por mim nas ruas, existia algo ali, na história daquelas ruas, um sentimento, uma camada intocável, algo intangível que me fascinava. O que a cidade carrega consigo? Quais as memórias das cidades? Como elas nos afetam? Como os diversos grupos da sociedade -raças, gêneros, sexualidades, classes sociais- percebem e se percebem nas ruas? Esses são os questionamentos que me impulsionam a percorrer o caminho desse trabalho. pt_BR
dc.format.extent 42 pt_BR
dc.language.iso pt_BR pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC. pt_BR
dc.rights Open Access. pt_BR
dc.subject raça pt_BR
dc.subject negritude pt_BR
dc.subject branquitude pt_BR
dc.subject corpo pt_BR
dc.subject história da cidade pt_BR
dc.title desenhando zumbidos: Florianópolis sob o olhar dos vigiados pt_BR
dc.type TCCgrad pt_BR


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CADERNO_TCC_2_marcus.pdf 20.08Mb PDF View/Open Caderno de TCC
desenhando_zumb ... _prancha sintese_preta.pdf 1.511Mb PDF View/Open Prancha sintese

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