Associação entre o score de adesão ao padrão alimentar mediterrâneo e capacidade cognitiva entre pessoas com mais de 50 anos de idade

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Associação entre o score de adesão ao padrão alimentar mediterrâneo e capacidade cognitiva entre pessoas com mais de 50 anos de idade

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina. pt_BR
dc.contributor.advisor Cembranel, Francieli
dc.contributor.author Silveira, Nathália Carolliny
dc.date.accessioned 2022-12-15T19:10:23Z
dc.date.available 2022-12-15T19:10:23Z
dc.date.issued 2022-12-14
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/242852
dc.description TCC (graduação)- Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Nutrição. pt_BR
dc.description.abstract Introdução: O declínio da capacidade cognitiva resulta de uma interação complexa de muitos fatores. O preditor independente mais importante é o aumento da idade, mas outros fatores contribuintes incluem parâmetros demográficos, genéticos, socioeconômicos, ambientais, e de estilo de vida, incluindo a nutrição. Dentre as estratégias preventivas que apoiam a relação nutrição-função cognitiva, o padrão alimentar mediterrâneo é o que vem ganhando mais força entre os pares do meio científico, uma vez que a maior adesão a este padrão alimentar tem sido associada a taxas mais lentas de declínio da capacidade cognitiva. Tais benefícios seriam proporcionados pelo fato desse padrão dietético ser baseado em vegetais e frutas frescas, grãos integrais e preparações à base destes, chás antioxidantes, azeite de oliva, sementes oleaginosas, peixes de água salgada e carnes magras, alimentos estes ricos em uma diversidade de micronutrientes com papel reconhecido de prevenir e/ou desacelerar a neurodegeneração. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre a adesão ao padrão alimentar mediterrâneo e a capacidade cognitiva entre pessoas com mais de 50 anos, participantes do projeto de pesquisa “Conhecendo para Prevenir: Avaliação Multidimensional do Idoso”. Métodos: Estudo transversal com dados de uma subamostra de conveniência de 122 participantes do projeto de pesquisa “Conhecendo para Prevenir: Avaliação Multidimensional do Idoso”, realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina, com abrangência de âmbito nacional para a captação de participantes. A variável de exposição em estudo trata-se do score de adesão ao padrão alimentar mediterrâneo, uma variável gerada a partir das respostas ao questionário “Validated 14-Item Questionnaire of Mediterranean Diet Adherence” (Martínez-González et al. (2012) traduzido e adaptado para o português por Afonso, Moreira e Oliveira (2014)) e avaliada como categórica politômica: baixa adesão (0-5 pontos), adesão intermediária (6-9 pontos) e alta adesão (10-14 pontos). A variável de desfecho foi a capacidade cognitiva, um construto mensurado pela análise de três perguntas que foram mensuradas como variáveis categóricas dicotômicas: 1) Algum familiar já comentou que você está ficando esquecida(o)? (sim; não) (IVCF-20 - https://ivcf20.org/#section10909181); 2) Este esquecimento está impedindo a realização de alguma atividade do dia a dia? (sim; não) (IVCF-20; https://ivcf20.org/#section-10909181); e 3) Algum médico já disse que você tem comprometimento cognitivo leve? (sim; não) (Patterson, 2018). Para estimar a força de associação entre a exposição e cada questão que compôs o desfecho Capacidade Cognitiva utilizou-se a Regressão de Poisson em dois modelos de análise: modelo bruto, e modelo ajustado para sexo, idade, cor da pele, escolaridade, tabagismo, ingestão de álcool, atividade física e índice de massa corporal. O comando margins foi adotado para estimar a prevalência resultante do efeito da exposição sobre o desfecho. Foram considerados como estatisticamente significantes valores de p foram < 0,05. Resultados: 42,9% dos homens e 47,9% das mulheres referiram já ter ouvido de um familiar que estão ficando esquecidos, com 10,7% dos homens e 8,7% das mulheres reportando que este esquecimento tem impedido a realização de alguma atividade do dia a dia. Neste estudo, 10,7% dos homens e 5,3% das mulheres ainda relataram já ter recebido um diagnóstico médico de comprometimento cognitivo leve. No tocante a pontuação final no score de adesão ao padrão alimentar mediterrâneo, 41,9% da amostra apresentou baixa adesão (0-5 pontos), 41,0% adesão intermediária (6-9 pontos), e 17,2% alta adesão (10-14 pontos; sendo esta pontuação mais alta entre as mulheres (18,1%) quando comparadas aos homens (14,3%)). Em relação às associações entre a exposição e os desfechos, as análises ajustadas revelaram associações estatisticamente significantes para com os três desfechos. A cada aumento de 1 ponto no score de Adesão ao Padrão Alimentar Mediterrâneo houve uma redução de 4,9% na prevalência de algum familiar comentar que a(o) participante está ficando esquecida(o) (p<0,001), de 5,8% na prevalência de que este esquecimento impeça a realização de alguma atividade do dia a dia (p<0,001) e de 5,4% na prevalência de receber diagnóstico médico de comprometimento cognitivo leve (p<0,001). Conclusão: Os resultados do presente estudo mostram-se promissores dentro do contexto brasileiro para a melhor compreensão do quão próximo é o hábito alimentar local em relação ao padrão alimentar mediterrâneo, e o efeito deste sobre a capacidade cognitiva avaliada por três diferentes indicadores. Todavia, por se tratar de resultados obtidos a partir de dados advindos de uma amostra por conveniência, registra-se que indispensavelmente estes sejam confirmados por novos estudos, sobretudo com amostras probabilísticas e de base populacional. Tal direcionamento se faz fundamental, tendo em vista os benefícios do padrão alimentar mediterrâneo sobre a saúde cognitiva e considerando a carga aumentada de demência esperada para as próximas décadas. pt_BR
dc.description.abstract Introduction: The decline in cognitive ability results from a complex interaction of many factors. The most important independent predictor is increasing age, but other contributing factors include demographic, genetic, socioeconomic, environmental, and lifestyle parameters, including nutrition. Among the preventive strategies supporting the nutrition-cognitive function relationship, the Mediterranean dietary pattern is the one gaining the most traction among scientific peers, since greater adherence to this dietary pattern has been associated with slower rates of decline in cognitive ability. Such benefits would be provided by the fact that this dietary pattern is based on fresh vegetables and fruits, whole grains and preparations based on them, antioxidant teas, olive oil, oilseeds, saltwater fish and lean meats, foods rich in a diversity of micronutrients with a recognized role in preventing and/or slowing neurodegeneration. Objective: The aim of this study was to analyze the association between adherence to the Mediterranean dietary pattern and cognitive ability among people over 50 years of age, participants in the research project "Conhecendo para Prevenir: Avaliação Multidimensional do Idoso". Methods: Cross-sectional study with data from a convenience sub-sample of 122 participants from the research project "Conhecendo para Prevenir: Avaliação Multidimensional do Idoso”, conducted by a team of researchers from the Federal University of Santa Catarina, with a nationwide scope of capturing participants. The exposure variable under study is the score of adherence to the Mediterranean dietary pattern, a variable generated from the responses to the "Validated 14-Item Questionnaire of Mediterranean Diet Adherence" (MartínezGonzález et al. (2012) translated and adapted to Portuguese by Afonso, Moreira, and Oliveira, (2014)) and assessed as a polytomous categorical: low adherence (0-5 points), intermediate adherence (6-9 points), and high adherence (10-14 points). The outcome variable was cognitive ability, a construct measured by the analysis of three questions that were measured as dichotomous categorical variables: 1) Has any family member ever commented that you are getting forgetful? (yes; no) (IVCF-20; https://ivcf20.org/#section-10909181); 2) Is this forgetfulness preventing you from performing any day-to-day activities? (yes; no) (IVCF-20; https://ivcf20.org/#section-10909181); and 3) Has any doctor ever said that you have mild cognitive impairment? (yes; no) (Patterson, 2018). To estimate the strength of association between exposure and each question that made up the Cognitive Ability outcome, Poisson Regression was used in two models of analysis: crude model, and model adjusted for sex, age,skin color, education, smoking, alcohol intake, physical activity, and body mass index. The margins command was adopted to estimate the prevalence resulting from the effect of exposure on the outcome. P<0.05 was considered statistically significant. Results: 42.9% of men and 47.9% of women reported having heard from a family member that they are becoming forgetful, with 10.7% of men and 8.7% of women reporting that this forgetfulness has prevented them from performing some day-to-day activity. In this study, 10.7% of the men and 5.3% of women still reported having already received a medical diagnosis of mild cognitive impairment. Regarding the final score on the Mediterranean dietary pattern adherence, 41.9% of the sample showed low adherence (0-5 points), 41.0% intermediate adherence (6-9 points), and 17.2% high adherence (10-14 points; this score being higher among women (18.1%) when compared to men (14.3%)). Regarding the associations between exposure and outcomes, the adjusted analyses revealed statistically significant associations for all three outcomes. For each 1 point increase in the Mediterranean Dietary Pattern Adherence score there was a reduction of 4.9% in the prevalence of some family member commenting that the participant is getting forgetful (p<0.001), of 5.8% in the prevalence of this forgetfulness preventing the performance of some daily activity (p<0.001), and of 5.4% in the prevalence of receiving a medical diagnosis of mild cognitive impairment (p<0.001). Conclusion: The results of the present study are promising in the Brazilian context for a better understanding of how close the local eating habits are to the Mediterranean dietary pattern, and the effect of this on cognitive ability assessed by three different indicators. However, since these results were obtained from data obtained from a convenience sample, it is essential that they be confirmed by new studies, especially with probabilistic and population-based samples. This direction is essential, considering the benefits of the Mediterranean dietary pattern on cognitive health and considering the increased burden of dementia expected in the coming decades. pt_BR
dc.format.extent 72 f. pt_BR
dc.language.iso pt_BR pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC. pt_BR
dc.rights Open Access.
dc.subject Nutrição; Dieta Mediterrânea; Declínio da capacidade cognitiva; Adultos mais velhos; Estudo transversal pt_BR
dc.title Associação entre o score de adesão ao padrão alimentar mediterrâneo e capacidade cognitiva entre pessoas com mais de 50 anos de idade pt_BR
dc.type TCCgrad pt_BR


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